O executivo também aborda a importância de iniciativas como o Tyto Care, ferramenta inovadora que vem ampliando as possibilidades da telemedicina, promovendo precisão no exame físico remoto e facilitando decisões médicas.
Como a Inteligência artificial pode contribuir para atendimento dos pacientes, principalmente na rede pública de saúde?
Acredito que com o uso recorrente de ferramentas de inteligência artificial, poderemos melhorar a experiência do paciente em todas as etapas tanto na saúde suplementar como nos atendimentos SUS. Isso porque tais ferramentas nos permitirão maior acesso a dados dos pacientes, personalização de tratamento, análise crítica das situações problemas, unindo assim o “olhar clínico” ao “olhar tecnológico” e, com isso, melhorar a entrega de saúde, dando respostas mais assertivas em diagnósticos, oferecendo maior facilidade nos atendimentos remotos, reduzindo dias de internação e promovendo melhorias na oferta dos serviços de saúde.
O que falta para os médicos e sistema de saúde pública adotarem mais ferramentas de IA?
O mesmo trabalho que foi realizado para a aprovação da telemedicina deve ser feito para que a IA seja utilizada ativamente em nossas vidas, em especial na saúde. Temos que ter segurança que os dados e resultados apresentados são fidedignos, que beneficiarão o paciente e poderão ser aderidos na nossa cadeia de fluxos de gestão e atendimento no setor da saúde. Além de ter a formalização de regulamentações e certificações dadas pelos órgãos responsáveis. Para essas regulamentações é de fundamental importância que a classe médica seja envolvida em todo o desenvolvimento das regras que regerão o uso da inteligência artificial neste setor.
Qual o principal ganho para paciente e médico?
Para o paciente, com a atribuição das IAs nos processos do setor de saúde, temos a responsabilidade de entregar melhorias, cito como pontos de atenção maior o tempo de dedicação do corpo clínico (médicos e toda a equipe assistencial) a saúde do paciente, tornando-o assim o centro da atenção, além de maior segurança e assertividade nas abordagens em saúde, maior disponibilidade para o atendimento e cuidado do paciente.
Já para o corpo clínico, o uso da IA pode elevar a medicina para outros patamares, pois em algum momento poderemos ter a associação dos dados dos pacientes com insights da inteligência artificial e assim aumentar a assertividade no diagnóstico, tratamento e evolução dos desfechos clínicos. Lembrando que a IA só é viável pois existe um médico analisando todos os dados e insights fornecidos.
Com a utilização das inteligências artificiais para aprimorar os cuidados em saúde além de colocarmos os usuários no centro de atenção e cuidado na entrega com melhores serviços, também iremos aperfeiçoar a gestão em saúde, nas suas mais diversas nuances.
O Tyto Care pode ser considerado uma ferramenta importante? Os pacientes aceitam bem essa novidade? Tem algum resultado ou case que poderia compartilhar conosco?
Uso a IA no meu dia a dia para aumentar a minha produtividade e me auxiliar em tarefas mais simples, mas acredito que ao longo do tempo poderemos evoluir com esse tipo de tarefas e a IA poderá ocupar um espaço ainda maior nas nossas realizações de tarefas.
O Tyto é um aparelho fundamental para quem tem a prática da telemedicina diária. Além de bem aceito pelos pacientes, ele é bem aceito pela equipe médica que consegue basear suas tomadas de decisões de forma fidedigna através do exame físico do paciente.
Na GMI temos alguns projetos de telemedicina que usam o Tyto Care, ele consegue fazer a ponte entre o paciente e o médico, entregando exame físico virtual com acurácia e precisão, o que facilita e melhora a tomada de decisão do médico, aumentando os benefícios dos projetos de telemedicina.