Um recente estudo realizado no Massachusetts General Hospital (EUA), baseado na observação de 277 procedimentos cirúrgicos, identificou que quase metade das cirurgias possuem algum tipo de erro de medicação ou evento adverso com drogas.
O trabalho, que apontou um volume maior de erros em procedimentos com duração superior a seis horas, relacionou as falhas à natureza agitada dos centros cirúrgicos em contraponto às medicações aplicadas em outras alas, nas quais é rotina a dupla checagem antes da aplicação no paciente.
Vejam que interessante a declaração de uma das autoras do estudo, a anestesiologista Karen Nanji:
– “Em uma sala de operações, as coisas acontecem rapidamente e a condição dos pacientes mudam repentinamente. Então, nós não temos tempo para seguir todo o processo, que pode durar horas.”
No mínimo, temerário, não acha?
Apesar do espanto com os resultados, o levantamento concluiu que “apenas” três erros de toda a amostra expuseram os pacientes a riscos fatais.
Bem. Pareceria tudo bem se estivéssemos falando de automóveis ou geladeiras. Mas em se tratando da vida humana, quem pode relativizar qual o percentual de erros aceitáveis?