A Casa de Saúde Menino Jesus de Praga inicia 2025 com um plano estratégico ambicioso. A instituição vai investir R$ 4 milhões em tecnologia e inovação nos próximos dois anos e prevê um novo ciclo de expansão estrutural com aporte estimado em R$ 20 milhões.
Os recursos são provenientes de emendas parlamentares, editais do Ministério Público e doações da sociedade civil. A meta é elevar a qualidade do cuidado prestado, ampliar a capacidade de atendimento e fortalecer um modelo de acolhimento que alia eficiência à humanização.
Com 41 anos de história, a Casa conta atualmente com 100 leitos, sendo 55 ocupados por pacientes em regime integral. “Muitos desses pacientes permanecem longos períodos em hospitais sem o cuidado especializado que precisam, sobrecarregando o sistema. Aqui, recebem assistência qualificada, contínua e focada na reabilitação ou cuidados paliativos, conforme cada caso”, explica Arno Duarte, diretor executivo da instituição.
A atuação da Casa tem impacto direto na rede pública. Em 12 meses, os 55 acolhidos evitam a ocupação de cerca de 20 mil dias de internação em UTIs hospitalares, o que libera a estrutura hospitalar do SUS para até 2 mil atendimentos de casos agudos. O modelo contribui para uma desospitalização humanizada e otimiza recursos de altíssimo custo no sistema de saúde.
O investimento de R$ 4 milhões está sendo direcionado à modernização tecnológica da instituição. Entre as principais iniciativas estão:
“A tecnologia vem para potencializar nosso cuidado, sem substituir o olhar humano. Queremos garantir mais segurança e qualidade no atendimento”, reforça Duarte.
Além do avanço tecnológico, a Casa já está executando R$ 3 milhões em obras físicas. As melhorias incluem:
A instituição projeta ainda a expansão para 134 leitos, com estrutura hospitalar completa voltada ao atendimento de PCDs com alta complexidade clínica. A proposta acompanha a tramitação de projetos de lei que visam regulamentar esse modelo de cuidado no Brasil. A previsão é captar R$ 20 milhões via editais públicos e internacionais e novas emendas parlamentares.
Embora os investimentos em inovação e estrutura sejam relevantes, o custeio operacional contínuo da Casa depende de doações e parcerias. O custo mensal por acolhido gira em torno de R$ 30 mil, cobrindo equipe multidisciplinar, insumos médicos, alimentação, higiene e manutenção.
Para garantir sustentabilidade, a Casa aposta em:
“Nosso compromisso é não deixar nenhum paciente desamparado. Para isso, precisamos do engajamento da sociedade e do reconhecimento, por parte das políticas públicas, da importância desse modelo assistencial”, conclui Duarte.
Segundo ele, o modelo da Casa de Saúde Menino Jesus de Praga oferece uma alternativa sustentável e altamente especializada para o cuidado de pessoas com deficiência neurológica e motora. “Mais do que acolher, buscamos garantir dignidade, segurança clínica e qualidade de vida para cada indivíduo.”