O Hospital São Vicente de Paulo (HSVP), no Rio de Janeiro, completou o primeiro ano do seu programa de cirurgia robótica com a marca de 100 procedimentos realizados. A instituição havia definido essa meta no lançamento da iniciativa, e o resultado confirma o sucesso da estratégia adotada. As equipes médicas passaram por treinamentos específicos e incorporaram a tecnologia ao cotidiano cirúrgico.

“O investimento em cirurgia robótica representa nosso compromisso com a excelência e a inovação no cuidado à saúde. Chegar a esse marco em apenas um ano mostra o empenho das nossas equipes e reforça nosso foco em oferecer um atendimento cada vez mais seguro e preciso”, afirma a diretora-geral da instituição, Irmã Maria Aparecida Cirico Maciel.

Segundo a gestora, os resultados vão além do número de cirurgias. A tecnologia trouxe mais precisão aos procedimentos, reduziu o tempo de recuperação dos pacientes e melhorou as condições de trabalho para os profissionais de saúde. Além disso, o hospital manteve seu compromisso com um cuidado humanizado. “Com essa conquista, reafirmamos nossa missão de unir inovação e acolhimento”, completa.

Expansão do programa e impacto assistencial

O programa começou focado em cirurgias urológicas. Ao longo dos meses, o HSVP expandiu sua aplicação para outras áreas, como Oncologia, Ginecologia, Cirurgia Geral, Cabeça e Pescoço e Cirurgia Torácica. De acordo com a diretora técnica, Karina Tenan, a abordagem minimamente invasiva reduz riscos de infecções, promove melhores desfechos clínicos e melhora a experiência do paciente.

Por isso, a adoção da robótica também contribui para o posicionamento do hospital no mercado. “Com essa tecnologia, elevamos a qualidade do atendimento e fortalecemos nossa competitividade. Todos ganham: pacientes, médicos e a instituição”, afirma Karina.

Além disso, o uso da cirurgia robótica gera efeitos positivos na gestão dos recursos. O gerente médico João Pitta destaca a redução no uso de UTIs, antibióticos e readmissões. “Esses benefícios impactam diretamente o giro de leitos e a previsibilidade da ocupação hospitalar, o que permite uma gestão mais eficiente”, explica.

Tecnologia melhora também o trabalho dos cirurgiões

Os ganhos não se limitam ao paciente. Os profissionais também relatam melhorias. O cirurgião Antonio Claudio Ahouagi, responsável por cerca de 20% das cirurgias robóticas no Hospital São Vicente de Paulo, afirma que os procedimentos se tornaram mais confortáveis, especialmente os mais longos.

Além disso, ele destaca a precisão do equipamento e a recuperação mais rápida dos pacientes. “Com menos sangramento e maior controle dos movimentos, conseguimos resultados mais consistentes. Isso se reflete tanto na segurança do paciente quanto na performance médica”, explica.

Entre os casos mais frequentes atendidos por ele estão as correções de hérnias inguinais. No entanto, ele também realizou procedimentos complexos, como a retirada de tumores ginecológicos e gastrointestinais. “Os pacientes saem muito satisfeitos. Alguns, inclusive, nem cogitam mais a cirurgia tradicional”, conta.

Próximos passos

Com base nos resultados positivos, o HSVP já planeja ampliar o programa. A meta para os próximos 12 meses é ultrapassar a marca de 200 cirurgias, além de incorporar mais especialidades. A Ginecologia, especialmente em casos de endometriose, deve ganhar espaço nas próximas etapas.

“Estamos apenas no início de uma transformação que veio para ficar. A cirurgia robótica está se consolidando como um novo padrão de cuidado, e queremos liderar essa mudança”, finaliza Irmã Maria Aparecida.