Atualmente, o Fleury vale na bolsa R$ 7 bilhões, incluindo prêmio de 30% (percentual padrão em transações envolvendo o controle), o negócio pode girar na casa dos R$ 10 bilhões.
Segundo fontes disseram ao Valor, a operação envolve pagamento em dinheiro, podendo ter também troca de ações. O valor de mercado da Rede D’Or é de R$ 75,3 bilhões, segundo cotação da última sexta-feira.
A Rede D’Or já havia tentando adquirir a Alliança (ex-Alliar), antes da entrada do empresário Nelson Tanure. Se concretizada a negociação com o Fleury, a D’Or passa a ter um grupo com rede de hospitais, a seguradora SulAmérica e uma rede de medicina diagnóstica fazendo frente a parceria entre Amil e Dasa que se juntaram numa empresa hospitalar.
A Rede D’Or e Bradesco Seguros têm uma ‘joint venture’ na área de hospitais, desde 2024.
Em 2023, o Fleury comprou a rede de medicina diagnóstica Hermes Pardini, o que fez a companhia dobrar de tamanho. Hoje, Fleury e Dasa disputam a liderança do mercado de medicina diagnóstica com receita anual na casa de R$ 8 bilhões.
Procurados, Rede D’Or e Fleury informaram que não comentam “especulações de mercado”. Em comunicados enviados ao mercado na manhã da segunda-feira (21), as duas empresas disseram que ainda não há decisão, proposta ou documentos assinados sobre a possível operação.
A operadora de hospitais e dona da SulAmérica afirma que “está permanentemente avaliando oportunidades de expansão de suas linhas de negócio, inclusive por meio da aquisição de participações ou combinação de negócios com outras empresas do setor”.
Já o Fleury declara que “analisa constantemente as condições do mercado, à luz dos seus planos de investimentos”, buscando beneficiar-se de eventuais oportunidades compatíveis com seus objetivos estratégicos.
(Com Felipe Laurence)
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