Dessas raízes, fincadas nos preceitos judaicos de refuá (saúde), chinuch (educação), tsedaká (justiça social) e mitzvá (boas ações), o Einstein cresceu para virar uma referência global, sendo, hoje, reconhecido como o 22º melhor hospital do mundo e o melhor do Hemisfério Sul e da América Latina, segundo ranking da revista Newsweek.
No início das operações, a localização do hospital, afastada do centro de São Paulo, atraiu profissionais jovens, com visões modernas e abertura para tecnologias de ponta. “A vanguarda e o olhar tecnológico sempre orientaram as atividades do Einstein. Desde o início, estamos nas fronteiras do conhecimento e atualizados com as novidades. O primeiro aparelho de ressonância magnética do país foi adquirido pelo Einstein.
E o segundo também. Criou-se a primeira UTI privada, quando isso ainda era uma novidade mesmo nos países mais desenvolvidos”, conta Sidney Klajner, presidente do Einstein.
A organização também foi a primeira a fazer um transplante de medula óssea na rede privada e a concluir uma cirurgia robótica, além de ter fundado a primeira aceleradora de startups em saúde do Brasil, em 2017. É a Eretz.bio, que já apoiou o desenvolvimento de mais de 150 startups. A disrupção foi tanta que, em 2024, o Einstein conquistou o primeiro lugar do Prêmio Valor Inovação, entre todos os setores
PIONEIRISMO RESPONSÁVEL
A aposta na telemedicina começou em 2012, mesmo com as restrições tecnológicas e regulatórias. Com a pandemia, as regras foram revistas e o Einstein se mostrou pronto para ampliar sua atuação. Por meio do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS), a organização estruturou o projeto TeleAMEs, que oferece assistência médica especializada para o Norte e o Centro-Oeste por telemedicina. Já foram realizados mais de 387 mil atendimentos nesse modelo. Ao todo, são 42 iniciativas junto ao Proadi-SUS.
“A aproximação com o SUS fez o Einstein se alinhar com as necessidades da saúde pública. Participamos da construção desse sistema de forma ativa, reforçando nosso compromisso com a justiça social”, ressalta Claudio Lottenberg, presidente do Conselho Deliberativo e ex-presidente do Einstein.
A organização opera cinco hospitais públicos em diferentes estados (SP, GO e BA), além de UBSs, UPAs, AMAs e CAPS. Em um desses hospitais, em Aparecida de Goiânia (GO), a capacidade de atendimento dos leitos dobrou nos primeiros seis meses de operação, ao mesmo tempo que houve redução de mortalidade. Em outro, na capital paulista, disponibiliza cirurgia robótica para pacientes oncológicos.
O impacto social positivo também acontece por meio do Voluntariado Einstein, que hoje conta com 660 membros, atuando em dez unidades. Ele se destaca por iniciativas como o Programa Einstein na Comunidade de Paraisópolis (PECP). “Temos mais de 430 atividades envolvendo esportes, artes, informática e capacitação. São mais de 180 mil atendimentos por ano”, explica Telma Sobolh, presidente do Voluntariado. Esse vínculo com a comunidade foi estabelecido em 1969, com a criação da Pediatria Assistencial, que atendia gratuitamente crianças da região.
VISÃO DE FUTURO
Na área de Pesquisa, o Einstein tem um centro capaz de comandar estudos com tratamentos avançados. Tanto que foi o primeiro no Brasil com aprovação para um ensaio clínico com CAR-T Cell, técnica que manipula células de defesa do próprio paciente para atacar o câncer. São mais de 20 produtos de terapias avançadas em desenvolvimento.
Em Educação, a organização contabilizou mais de 61 mil alunos em 2024. O Einstein oferece oito graduações, como enfermagem e medicina, que receberam avaliação 5 no Enade MEC, além de centenas de cursos de pós-graduação, mestrado e doutorado.
“Como uma organização sem fins lucrativos, precisamos ser sustentáveis, mas tomamos decisões com um olhar de longo prazo e com ousadia. Assumimos riscos pensando nos rumos que o mundo está tomando e em como podemos influenciá-los positivamente”, diz Henrique Neves, diretor-geral do Einstein.
Esse raciocínio justifica a aposta em big data analytics e inteligência artificial feita há nove anos. Na Central de Monitoramento Assistencial, o Einstein acompanha as internações com algoritmos que detectam alterações para intervir precocemente. Hoje, mais de 100 algoritmos rodam todos os dias no hospital.
A postura inovadora e o investimento em dados e digitalização da saúde colocaram o Einstein entre os melhores do mundo, tornando-se membro fundador da plataforma Mayo Clinic Platform_Connect, que reúne hospitais de referência global para gerar conhecimento em saúde personalizada. “Nossas conquistas materializam a visão do início do Einstein. É com base nessas origens que buscamos o melhor para a saúde de todas as pessoas”, conclui Klajner.
EVOLUÇÃO DA MARCA
O Einstein apresenta a modernização da sua marca: Einstein Hospital Israelita. A mudança reflete a escuta ativa da organização em relação ao público, que já reconhece o “Einstein” como sinônimo de excelência, inovação, conhecimento e cuidado em saúde.
A transição começa oficialmente em 2 de julho, de forma gradual. “O objetivo é organizar e simplificar a aplicação nos diferentes pontos de contato com os públicos. O projeto priorizou a modernização e a clareza, além de assegurar que a marca refletisse o crescimento do Einstein e a sua diversificação ao longo dos anos”, diz Débora Pratali, diretora-executiva de comunicação institucional.