O Centro Especializado em Urologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz reúne corpo clínico e equipe assistencial com acesso a tecnologias para atendimento durante a jornada dos pacientes. Entre os recursos disponíveis estão a utilização de fusão de imagens em biópsias de próstata para diagnóstico de câncer, abordagens minimamente invasivas, cirurgias robóticas, recursos de proteção tecidual durante a radioterapia e opções terapêuticas para o tratamento de hiperplasia prostática benigna.
O Hospital realizou mais de 1.700 biópsias de próstata entre 2023 e 2024. Em 63% dos casos, foi utilizada a técnica de fusão de imagens com a combinação entre ressonância magnética e ultrassonografia para localizar as áreas suspeitas, contribuindo para o diagnóstico.
A biópsia transperineal é outra abordagem disponível, que acessa a próstata pela região do períneo, apresentando características diferentes em comparação à via transretal. No primeiro semestre deste ano foram realizados 400 procedimentos dessa modalidade.
“Com a fusão de imagens e o acesso transperineal, conseguimos maior precisão e segurança. Isso impacta diretamente na qualidade do diagnóstico, reduz o número de punções e diminui complicações. Nosso compromisso é sempre com o melhor cuidado possível, desde o início da jornada do paciente”, informa o Dr. José Pontes Júnior, urologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.
A hiperplasia benigna da próstata é uma condição relacionada ao envelhecimento masculino e consiste no aumento da glândula que pode causar alterações urinárias. Geralmente o crescimento da próstata é percebido a partir da quinta década de vida. O aumento do tecido afeta o canal da uretra, podendo dificultar a passagem da urina e estar associado a infecções urinárias. Em condições normais, a próstata pesa cerca de 25 gramas, e quando aumentada, pode chegar a ter quatro vezes esse tamanho.
O Centro Especializado em Urologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz dispõe de tratamentos para essa condição como o Rezum, método que utiliza água em forma de vapor a mais de 100 graus Celsius para reduzir o tamanho da próstata. Este procedimento está associado a uma taxa de 10 a 15% de ejaculação retrógrada, comparado aos 90% observados em cirurgias convencionais.
Outra tecnologia disponível para o tratamento da hiperplasia prostática benigna (HPB) é o ECHO Laser, que utiliza ablação térmica por laser intersticial guiada por imagem. Este método promove a vaporização do tecido prostático em excesso. O procedimento é realizado com a inserção de fibras ópticas na próstata, guiadas por ultrassonografia transretal em tempo real. A energia liberada pelo laser aquece o tecido-alvo, causando necrose controlada, posteriormente reabsorvida pelo organismo.
“A escolha por métodos minimamente invasivos traz benefícios ao paciente como menos dor, menor risco de infecção e redução no tempo de uso de sonda, além de recuperação mais rápida. Isso significa mais qualidade de vida no curto e no longo prazo. A tecnologia é nossa aliada para decisões mais seguras e tratamentos mais eficazes”, comenta o Dr. Carlos Passerotti, urologista e cirurgião do Centro Especializado em Urologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.
O câncer de próstata é o terceiro tumor maligno mais frequente no Brasil, após o câncer de pele não melanoma e o câncer de mama, segundo dados do Inca (Instituto Nacional do Câncer). Nos homens, é o tipo de tumor mais comum, com cerca de 72 mil novos casos por ano, conforme estimativa do instituto. A detecção precoce do tumor pode influenciar no tratamento.
Além da cirurgia robótica para o tratamento de câncer de próstata, o Hospital dispõe de outras opções terapêuticas, entre elas o SpaceOAR, tecnologia que pode ser usada antes da radioterapia. O dispositivo atua nos efeitos das sessões de radioterapia. O SpaceOAR, em que OAR significa “órgãos em risco” (do inglês, “Organs at Risk”), consiste em um hidrogel absorvível que é injetado entre a próstata e o reto sob anestesia e pela via transperineal, criando uma separação entre a próstata e o reto durante o tratamento radioterápico.