Healthtech: o que é e como está revolucionando o mercado de saúde
25/08/2025

Healthtech é um dos termos mais utilizados na cadeia de saúde atualmente, mas você sabe o que significa? As healthtechs são startups (empresas recém-criadas) que atuam na área da saúde utilizando tecnologia para solucionar os problemas do setor.

O mercado de healthtechs é um dos mais promissores do ecossistema de inovação. Segundo o Relatório do Distrito Healthtech Report 2023, as healthtechs receberam 1.4 bilhão de dólares em investimentos desde 2019 e hoje já são 1.381 no Brasil. 

Essas empresas atuam em diversas frentes, como gestão, modernização de clínicas e hospitais, tecnologias avançadas em exames, consultórios inteligentes, melhora nos atendimentos, entre tantas outras áreas. 

O que são empresas healthtech?

Empresas healthtech são empresas que utilizam tecnologia avançada para resolver problemas e melhorar os cuidados de saúde. O termo é uma combinação de “health” (saúde) e “technology” (tecnologia) e abrange uma ampla gama de inovações tecnológicas aplicadas ao setor da saúde.

Essas startups podem desenvolver soluções que vão desde dispositivos médicos, aplicativos móveis e plataformas de telemedicina até inteligência artificial, big data e genética.

Elas atuam em diversas áreas, como gestão hospitalar, modernização de clínicas, avanços em tecnologia de exames, consultórios inteligentes, e melhorias nos serviços de atendimento, entre outras. 

Utilizam frequentemente inteligência artificial, análise de dados, internet das coisas, aprendizado de máquina, soluções mobile e computação em nuvem para impulsionar suas inovações.
 

Qual a importância das healthtechs para a saúde?

A participação das healthtechs vem se mostrando imprescindível para a cadeia de saúde no Brasil e no mundo. Elas estão revolucionando a forma como o cuidado à saúde é gerido, trazendo uma série de benefícios que vão desde o aumento do engajamento dos pacientes até a redução de custos operacionais.

Durante a pandemia de COVID-19, por exemplo, as inovações trazidas por essas empresas foram essenciais para que as pessoas pudessem continuar seus tratamentos, mesmo diante da superlotação dos hospitais. 

Telemedicina, monitoramento remoto de pacientes e plataformas digitais de saúde permitiram a continuidade dos cuidados de maneira segura e eficiente, evitando deslocamentos desnecessários e minimizando os riscos de contágio. 

Essas tecnologias também se mostraram vitais para evitar a sobrecarga nas unidades de saúde, especialmente nas que atendem o Serviço Único de Saúde (SUS), aliviando a demanda e a superlotação do sistema de saúde público.

Além disso, as healthtechs também contribuem para a implementação de práticas mais sustentáveis no setor da saúde. Através da digitalização de processos, otimização de recursos e uso de inteligência artificial, é possível obter uma gestão mais eficaz e menos onerosa.

Ferramentas como prontuários eletrônicos, aplicativos de monitoramento de saúde e sistemas de agendamento online não só aumentam a eficiência operacional, mas também contribuem para um atendimento mais ágil e personalizado.

Mercado internacional de healthtechs

Segundo o Global Market Insights, as healthtechs devem valer 504 bilhões de dólares até 2025. Apesar do número impressionante, a expansão das startups de saúde começou na virada do século 21, sendo um mercado recente e muito lucrativo.

 

Hoje, 30 healthtechs já possuem capital acima de US$ 1 bilhão, sendo que mais de 20 estão na América do Norte. O destaque fica para Samumed, avaliada em US$ 12 bilhões, a Roivant, com US$ 7 bilhões, e a WeDoctor, com capital de US$ 5,5 bilhões.

O crescimento exponencial deste setor vem atraindo investidores de todas as partes do mundo. Os principais mercados, como Estados Unidos, Europa e Ásia, têm sido os maiores beneficiários desses investimentos, com startups de saúde surgindo em polos tecnológicos como o Vale do Silício, Londres e Tel Aviv. 

Na América Latina, o Brasil desponta como principal hub de inovação em saúde. O país concentra quase 65% de todas as healthtechs da região — um reflexo da maturidade crescente do ecossistema digital em saúde no país.

Mercado nacional de healthtechs

No Brasil, a demanda por soluções ágeis e de baixo custo impulsiona o crescimento dessas startups. Já são mais de 1300 healthtechs em operação no nosso país, segundo o Relatório do Distrito Healthtech Report 2023.

O pico de investimentos do setor nacional aconteceu em 2021, impulsionado pela pandemia de Covid-19, foram US$ 552,6 milhões naquele ano. 

A região Sudeste do Brasil é a que concentra a maior parte das healthtechs (60,6%), seguida pelo Sul (28,7%), Nordeste (7,8%) e Centro-Oeste (2,9%). 

As principais áreas de atuação são gestão e prontuário eletrônico (25%), seguidas por acesso à informação (17,3%), marketplace (13,7%) e farmacêutica e diagnóstico (10,5%).

Embora o Brasil esteja alinhado com a tendência global, ainda há um caminho a percorrer em comparação com os líderes mundiais. A concentração de healthtechs em regiões específicas indica desigualdade no desenvolvimento tecnológico. 
 

Tecnologias impulsionadas pelas healthtechs

As healthtechs estão na linha de frente da transformação digital da saúde, impulsionando tecnologias que aumentam a eficiência dos serviços, melhoram o cuidado ao paciente e reduzem custos operacionais. 

Entre os avanços mais significativos, destaca-se o uso da inteligência artificial (IA) para diagnósticos mais precisos e para a definição de tratamentos personalizados em doenças graves, como câncer e condições cardiovasculares.

Internet das Coisas Médicas (IoMT) também vem ganhando espaço com dispositivos conectados que monitoram sinais vitais e condições clínicas em tempo real, permitindo ações preventivas e acompanhamento remoto. 

Já o Robotic Process Automation (RPA) está sendo aplicado para automatizar tarefas repetitivas e administrativas, como autorizações, agendamentos e faturamento, liberando profissionais para atividades mais estratégicas e assistenciais.

Com essas inovações, as healthtechs não apenas otimizam processos, mas também contribuem para uma saúde mais preditiva, conectada e centrada no paciente.

Quais são as healthtechs mais promissoras do mundo? 

Uma pesquisa feita pela Connext Health, hub global de curadoria e inovação em saúde, identificou as 10 healthtechs que apresentam mais potencial de crescimentos para os próximos anos. São elas: 

  1. Tech2Heal (França);
  2. Sofya (Brasil); 
  3. Braincheck (EUA); 
  4. Mamotest (Argentina); 
  5. Melax Tech (EUA); 
  6. Immertech (EUA); 
  7. Bloom Care (Brasil); 
  8. Centivo (EUA); 
  9. IND: In Diagnostics (EUA);
  10. Corveus Medical (EUA).

Metade das healthtechs destacadas na pesquisa operam com inteligência artificial. Nesse segmento, encontram-se as empresas Tech2Heal (França), Sofya (Brasil), Braincheck (EUA), Mamotest (Argentina) e Melax Tech (EUA).

Outro setor identificado foi o de cuidados de saúde, com três startups selecionadas: Immertec (EUA), Bloom Care (Brasil) e Centivo (EUA). 

A área de biotecnologia conta com uma empresa entre as top 10, a IND: In Diagnostics (EUA), e a área de dispositivos médicos também foi representada por uma healthtech, a Corveus Medical (EUA).
 

Quais as principais tendências do mercado healthtech?

O mercado de healthtech está em evolução constante, impulsionado por avanços tecnológicos que incluem IA e machine learning.

Essas tecnologias estão possibilitando análises mais precisas de dados e personalização de tratamentos conforme as características individuais dos pacientes.

Uma das principais tendências do setor, a IA já está presente em cerca de 21% das healthtechs no Brasil, demonstrando a rapidez com que essa tecnologia vem sendo adotada para otimizar diagnósticos, tratamentos e gestão de serviços.

A telemedicina e a telessaúde emergiram também como tendência neste mercado e se tornaram soluções essenciais, especialmente durante a pandemia de COVID-19, facilitando consultas médicas remotas e permitindo o gerenciamento eficiente de tratamentos à distância.

A genômica e análise de big data estão em destaque por permitirem tratamentos mais eficazes e adaptados às necessidades individuais.

Outro assunto muito comentado é a segurança cibernética, que se tornou uma prioridade, com investimentos em soluções como blockchain para proteção de dados sensíveis.

Além de todas essas tendências, a interoperabilidade dos sistemas de saúde é um dos assuntos que mais vem ganhando atenção, já que é essencial para melhorar a coordenação entre diferentes plataformas e profissionais de saúde, garantindo uma prestação de cuidados integrada e eficaz.

Fique por dentro das principais novidades tecnológicas da saúde

As healthtechs são fundamentais para o avanço tecnológico e as melhorias na prestação dos serviços de saúde por todo o mundo.

Suas inovações permitem melhores opções de tratamento para os pacientes, ao mesmo tempo que reduzem custos e melhoram a administração das instituições médicas.

 





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