O Hospital Samaritano Higienópolis acaba de se tornar a primeira instituição de saúde a conquistar o nível máximo de excelência no Programa de Gestão do Acesso Vascular (VAM-IBSP). A certificação de Excelência Clínica nível Signature, concedida pela BD — empresa de tecnologia médica internacional — em parceria com o Instituto Brasileiro para Segurança do Paciente (IBSP), reconhece o compromisso da instituição com as melhores práticas no uso de dispositivos venosos.
A conquista é resultado de um trabalho sistemático que incluiu diagnóstico situacional, capacitação intensiva das equipes, implementação de protocolos baseados em evidências científicas e monitoramento clínico especializado. Os resultados são expressivos: entre 2023 e 2024, o hospital registrou uma redução de 45% nas infecções relacionadas ao acesso vascular, com queda de 33 para 18 casos.
Outros indicadores também apresentaram melhoria significativa no mesmo período. A incidência de flebites (inflamações nas veias causadas pelo uso de cateter) diminuiu de 8,8 para 6,8 casos. Mais impressionante ainda foi a redução na taxa de trombose associada ao uso de cateter do tipo PICC (Cateter Central de Inserção Periférica), que caiu de 0,39% para apenas 0,09%.
“O modelo de avaliação utilizado no Programa VAM segue uma matriz de maturidade com quatro níveis: participação, engajamento, consistência e excelência clínica. O Hospital Samaritano foi destacado na categoria mais alta, destinada a instituições com alto desempenho e engajamento, que demonstram consistência na aplicação das boas práticas clínicas para o gerenciamento do acesso vascular”, explica Ana Claudia Limoeiro, gerente de Marketing Clínico da BD.
“A implementação do Programa VAM no hospital foi orientada pelo compromisso da instituição em oferecer a melhor e mais segura terapia venosa e gerenciamento de acesso vascular. A parceria com a BD e IBSP possibilitou o ajuste de rotas estratégicas e operacionais, promovendo a melhoria contínua das práticas já adotadas”, destaca Jerusa Armani, enfermeira especialista em terapia infusional e coordenadora do grupo de cateteres do Hospital Samaritano.
Além dos avanços clínicos mensuráveis, os pacientes relataram maior conforto e segurança durante os procedimentos. Isso se deve principalmente à escolha mais rápida e adequada do tipo de acesso venoso e à adoção de tecnologias avançadas, como o uso do ultrassom para guiar a inserção dos dispositivos.
O programa foi estruturado em cinco pilares fundamentais: prevenção de infecção da corrente sanguínea, prevenção de tromboembolismo venoso relacionado ao PICC, seleção adequada do dispositivo, adesão aos protocolos de manutenção e análise de risco.
A certificação considera critérios técnicos rigorosos definidos pelo IBSP, que avalia a consistência na aplicação de boas práticas clínicas em todas as etapas da terapia intravenosa — desde a seleção e inserção do dispositivo até sua manutenção e retirada.
“Esses critérios estão organizados em uma matriz que avalia não apenas o desempenho técnico, mas também a maturidade institucional na tomada de decisão clínica, envolvendo aspectos como momento da indicação, escolha do dispositivo e conduta para manutenção ou retirada, sempre com foco na mitigação de riscos e redução de eventos adversos”, finaliza Karina Pires, diretora de novos negócios do IBSP.