O Hospital Moinhos de Vento dá um passo inédito na medicina brasileira ao lançar um serviço especializado em Transplante Autólogo de Células-Tronco Hematopoiéticas (TACTH) para pacientes com Esclerose Múltipla (EM). A instituição passa a ser o primeiro centro de referência no país a oferecer essa alternativa terapêutica, que visa o controle de surtos e a prevenção da progressão da incapacidade pela doença.

Nas últimas duas décadas, o surgimento das drogas modificadoras de doença (DMD) revolucionou o prognóstico da Esclerose Múltipla. No entanto, mesmo com essas opções de tratamento, alguns pacientes com formas mais ativas da doença continuam apresentando surtos recorrentes, novas lesões na ressonância magnética ou progressão da incapacidade. Para esses casos, o TACTH surge como uma alternativa altamente eficaz e segura.
 

O transplante tem como objetivo substituir o sistema imunológico patogênico do paciente, promovendo o controle da doença por um longo período. Estudos realizados com mais de 4.000 pacientes ao redor do mundo demonstram a alta eficácia do método no controle da atividade inflamatória da EM. Ensaios clínicos também apontam que o transplante pode proporcionar sobrevida livre de atividade, estabilização do EDSS (escala que mede a progressão da incapacidade) e melhora de sintomas como a fadiga.

Com base nisso, o Núcleo de Esclerose Múltipla e Doenças Desmielinizantes, em parceria com o Serviço de Hematologia e Transplante de Células-Tronco Hematopoiéticas, do Hospital Moinhos de Vento, desenvolveu um protocolo específico para aplicação do tratamento. Com uma equipe altamente qualificada, o hospital se consolida como pioneiro no Brasil na aplicação dessa abordagem para Esclerose Múltipla, oferecendo acompanhamento completo e individualizado.

O processo de triagem será feito em nível ambulatorial, com avaliação pelas equipes de Neurologia e Hematologia. “Essa é uma conquista muito significativa para os pacientes com Esclerose Múltipla. Oferecer uma opção terapêutica com potencial de estabilizar a doença e melhorar sintomas, como a fadiga, representa um avanço real na qualidade de vida dessas pessoas”, destaca a médica hematologista especialista em transplante de medula óssea da instituição, Alini Vargas.