A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) instaurou na Unimed Ferj (antiga Unimed-Rio) regime de direção técnica, ou seja, quando técnicos do órgão regulador passam a acompanhar “in loco” os serviços de atendimento médico autorizados e prestados pela cooperativa médica, que tem cerca de 400 mil usuários. 

 A maior atenção é sobre o atendimento médico para pacientes oncológicos. Ontem, a ANS determinou que a Oncoclínicas volte a atender usuários dos planos de saúde da Unimed Ferj na Oncoclínicas, que havia sido interrompido no começo de agosto. 

O caso da Unimed Ferj é acompanhado de perto pelo novo presidente da ANS, Wadih Damous. A cooperativa médica vive uma crise financeira há anos e deve cerca de R$ 2 bilhões a hospitais e prestadores de saúde do Rio, além disso, é a operada (entre as grandes) com o maior volume de reclamações. 
 
 Em comunicado, a agência destacou que Damous é “enfático” na sua exigência: “Não vamos tolerar de forma alguma que o consumidor com plano de saúde fique sem a assistência médica. Estamos falando da vida das pessoas e, sobre esse assunto, não tem discussão. Tem que atender no prazo e com qualidade”. 
 
A retomada do atendimento na Oncoclínicas foi decidida pela ANS em conjunto com a própria Unimed Ferj, a Unimed do Brasil e a Central Nacional Unimed. 
 
A diretora de Normas e Habilitação dos Produtos da ANS, Lenise Secchin, destacou ainda que “a decisão visa a impedir falhas assistenciais decorrentes de suposto descredenciamento de serviços oncológicos. Por determinação da ANS, a operadora terá de manter o atendimento pela Oncoclínicas como opção especializada aos pacientes”. 
 
A retomada do atendimento na Oncoclínicas foi decidida pela ANS em conjunto com a própria Unimed Ferj, a Unimed do Brasil e a Central Nacional Unimed. 
 
O órgão regulador alega que não houve descredenciamento da Oncoclínicas. No entanto, a própria rede de clínicas oncológicas informou, em sua teleconferência de resultados do segundo trimestre a interrupção no atendimento dos pacientes da Ferj e que esta medida era parte das ações para buscar operadoras com melhor perfil de pagamento. 
 
A ANS informou que a “a Unimed Ferj deve corrigir a informação dada aos seus beneficiários sobre o descredenciamento da Oncoclínicas e o direcionamento de todos os pacientes em tratamento de câncer para o Espaço Cuidar Bem”. 
 
Ontem, Damous, destacou: “Não podíamos assistir de braços cruzados ao drama dos pacientes em tratamento oncológico e de seus familiares. Ficou assegurado na reunião que ninguém vai ficar sem assistência. A ANS vai monitorar de perto e com rigor o cumprimento dessa medida”. 
 
Dessa forma, a Unimed Ferj deverá usar seus canais de comunicação para informar aos seus clientes sobre o restabelecimento dos atendimentos na Oncoclínicas.