HIS 2025: Sérgio Ricardo ressalta como tecnologias acessíveis e disruptivas estão transformando a saúde
12/09/2025

Falta menos de um mês para o Healthcare Innovation Show (HIS)  e, como de praxe, o Saúde Business traz os highlights do principal evento de inovação e tecnologia na saúde da América Latina para já saber o que não pode perder nesta edição.  

Sergio Ricardo Santos, vice-presidente de Estratégia da Galileu e especialista em transformação digital no setor, será responsável por conduzir um painel sobre tecnologias de baixo custo e alto impacto na saúde pública.  

Com experiência direta em projetos que já alcançam milhões de pessoas no SUS, o moderador promete provocar o público sobre um tema central: a transformação digital na saúde está em curso — e pode atropelar quem não acompanhar.  

Em entrevista exclusiva ao Saúde Business, portal de conteúdo oficial do HIS, Sérgio Ricardo defende que a saúde pública pode estar mais preparada que a suplementar para avançar na digitalização. Saiba porque não pode deixar de acompanhar essa discussão. 

O tripé para evoluir 

Discutir inovação em saúde pública, segundo Santos, significa encarar três desafios centrais: interoperabilidade, visão sistêmica e engajamento dos pacientes. 

“Esses são pilares fundamentais. A saúde precisa dominar esses três aspectos para que soluções digitais realmente avancem no setor público”, afirma. O desafio, para o especialista, está em adaptar conhecimentos vindos de outros setores — como o bancário e o varejo — para engajar cidadãos em plataformas digitais de saúde.  

O especialista cita exemplos, como gamificação, novas linguagens de comunicação e métodos pedagógicos e andragógicos, que vão de cards de humor a histórias em quadrinhos.  

“Não se trata de infantilizar a informação, mas de criar uma jornada que realmente faça sentido para as pessoas”, reforça. 

Tendências que prometem transformar o cuidado 

Santos também pretende discutir tecnologias que podem transformar radicalmente a forma de cuidar da saúde nos próximos anos. A primeira é a realização de exames laboratoriais pela câmera do celular, já em fase de testes no SUS. A segunda são as interações por voz com sistemas digitais, que, segundo o especialista, podem atingir um nível de singularidade em até dez anos, tornando-se indistinguíveis de uma conversa humana. 

Essas tendências vêm acompanhadas de riscos, como a antropomorfização das tecnologias digitais, que podem criar novas dependências e dificultar as relações humanas. “Estamos prestes a ver grandes rupturas no sistema de saúde nos próximos cinco a dez anos. O setor está no quadrante da vulnerabilidade digital: com baixíssimo repertório de rupturas no passado e altíssima exposição a disrupções no futuro”, alerta. 

Saúde pública à frente da suplementar 

Embora tradicionalmente vista como um setor de recursos escassos e infraestrutura limitada, a saúde pública, na avaliação de Santos, tem se mostrado mais preparada que a saúde suplementar em alguns aspectos, principalmente na atenção primária. Porque, diferentemente do setor privado, não há disputa pela propriedade dos dados de pacientes.  

“O dado é do paciente. O SUS entende isso. Essa ausência de conflito abre espaço para a inovação e explica por que muitas startups estão otimistas em relação à digitalização no setor público”, explica. 

Santos compartilha exemplos que comprovam o avanço. Em São Paulo, por exemplo, a região sul já conecta 590 mil pessoas a plataformas digitais que permitem triagem, teleconsultas e até captura de dados biométricos pela câmera de tablets e celulares. Em outros projetos, mais de 1 milhão de vidas em 500 municípios já interagem diariamente com soluções digitais  

“Os resultados são concretos: redução de visitas a pronto-socorro, menos internações e maior controle de doenças crônicas, como hipertensão e diabetes”, pontua. 

Esteja à frente da transformação 

Com exemplos práticos, provocações estratégicas e tendências que já estão em implantação no SUS, Ricardo promete mostrar que a inovação em saúde pública não é utopia — já está acontecendo.  

“A ruptura digital não anuncia, ela atropela. Quem não quiser perder o trem da história precisa estar a par das transformações que já estão em curso”, conclui.  





Obrigado por comentar!
Erro!
Contato
+55 11 5561-6553
Av. Rouxinol, 84, cj. 92
Indianópolis - São Paulo/SP