A digitalização da saúde está transformando a forma como hospitais, clínicas e operadoras interagem com pacientes e profissionais.
O conceito de open health surge como uma evolução do ecossistema de saúde, permitindo o compartilhamento seguro de dados médicos e a integração de sistemas. Ele surge para melhorar a personalização do atendimento, reduzir custos e aumentar a eficiência operacional.
A seguir, exploramos as principais vantagens do open health na saúde, os desafios de implementação e as perspectivas para o futuro da saúde digital.
A integração de dados entre diferentes sistemas — chamada de interoperabilidade — é o alicerce do open health, já que permite que informações de saúde circulem de forma segura e padronizada entre hospitais, clínicas, operadoras e pacientes.
Open health, ou saúde aberta, é um movimento que busca tornar o sistema de saúde mais transparente, acessível e colaborativo.
A iniciativa promove o compartilhamento de dados com o objetivo de melhorar a qualidade do atendimento, ampliar o acesso a informações e possibilitar decisões mais informadas.
Na prática, o open health foca em três pilares:
Globalmente, diversas iniciativas têm adotado o open health para ampliar o acesso a registros médicos digitais, melhorar a gestão clínica e fortalecer a colaboração entre profissionais e instituições.
No Brasil, a adoção do open health ainda está em fase inicial, seguindo a lógica do open banking, com foco em estimular a concorrência, otimizar planos de saúde e facilitar o acesso a informações para pacientes e operadoras, promovendo experiências mais personalizadas e eficientes.
O open health oferece benefícios significativos para hospitais, clínicas, operadoras de planos e pacientes, com foco na eficiência, personalização e integração do atendimento.
Com o compartilhamento seguro de dados, médicos e profissionais de saúde têm acesso ao histórico completo do paciente, permitindo decisões mais precisas e um atendimento individualizado.
A centralização de informações em prontuários eletrônicos garante que os pacientes não precisem repetir seu histórico, aumentando a confiança e otimizando a relação médico-paciente.
O acesso automatizado a dados clínicos reduz a duplicidade e desperdícios de exames, agiliza processos e diminui custos operacionais.
Ao facilitar a portabilidade de planos e o gerenciamento de informações, hospitais e operadoras podem otimizar recursos, promovendo maior competitividade no mercado.
O open health permite que diferentes sistemas de saúde se comuniquem, favorecendo a interoperabilidade na saúde e o compartilhamento de informações entre médicos, laboratórios e operadoras.
Esse trabalho em conjunto acelera diagnósticos, melhora a coordenação do cuidado e contribui para o aperfeiçoamento da gestão hospitalar digital, colocando o paciente no centro do cuidado.
Desafios da implementação do open health
A adoção do open health no Brasil apresenta grande potencial para transformar o sistema de saúde, mas ainda enfrenta obstáculos relacionados à tecnologia, regulamentação e cultura organizacional.
O compartilhamento de informações médicas exige protocolos robustos de segurança e conformidade com a LGPD na saúde.
Sem garantias de proteção adequadas, os dados dos pacientes podem ficar vulneráveis, comprometendo a confiança no sistema e a eficiência do atendimento.
A fragmentação regulatória entre órgãos como ANS e Ministério da Saúde, aliada à resistência cultural de algumas instituições em abrir seus dados, dificulta a implementação ampla do open health.
Assim como ocorreu no open banking, a padronização e incentivos claros são essenciais para acelerar a adesão.
A adoção do open health depende de sistemas interoperáveis e padronizados, capazes de compartilhar dados de forma segura entre hospitais, clínicas e operadoras.