No Healthcare Innovation Show (HIS), a BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo trouxe, ao palco Saúde Pública, um dos projetos mais promissores para ampliar o acesso a cuidados especializados em áreas de difícil alcance no Brasil: o OpenCare 5G. A pesquisa avalia a viabilidade do uso da conectividade 5G em telediagnósticos, com foco em apoiar redes públicas de atenção.

Juliana Opípari, diretora do Instituto BP Social e head de Relações Governamentais, Responsabilidade Social e Sustentabilidade da instituição, destacou a relevância social da iniciativa dentro da missão da BP.

“Hoje já alcançamos mais de 889 mil pessoas em 3.100 municípios em todo o país, e o OpenCare 5G representa um passo importante para reduzir desigualdades no acesso à saúde”, afirmou.

O projeto-piloto está em andamento no município de Miguel Alves, no Piauí, onde 70% da população vive em áreas rurais. Com a nova tecnologia, exames como teleecocardiograma e teleultrassonografia obstétrica já são realizados, e a expectativa é incluir em breve a telecolposcopia.

Até agora, 401 exames foram feitos e o tempo de espera para o ecocardiograma caiu de 180 para apenas 19 dias. A meta é alcançar 900 exames até o fim do piloto.

Marco histórico na saúde pública

Segundo Marcelo Nishiyama, cardiologista da BP, o 5G é um divisor de águas para a qualidade dos exames e a segurança dos pacientes.

“A conectividade em tempo real permite que o especialista oriente o profissional que está localmente com o paciente, garantindo a precisão das imagens e 100% de laudos entregues. É uma solução que transforma a jornada de cuidado e aproxima a população de especialistas menos acessíveis”, explicou.

Nishiyama comentou sobre os desafios enfrentados pelo projeto como a logística para levar os equipamentos às cidades, a instalação de infraestrutura de rede e a capacitação de profissionais não especialistas para conduzir exames complexos em pouco tempo.