A Unimed Cerrado amplia a estratégia de Atenção Primária à Saúde (APS) como eixo de reorganização do cuidado e da gestão assistencial. Entre as ações recentes, a cooperativa passou a oferecer mamografia gratuita para beneficiárias a partir dos 40 anos, vinculada à adesão ao programa APS Digital. A proposta busca facilitar o acesso a exames preventivos e fortalecer o acompanhamento contínuo da saúde feminina. 

De acordo com Shirley Pádua, diretora-presidente da Unimed Cerrado, a ação integra um movimento mais amplo de transformação do modelo de atenção, que pretende tornar a prevenção um pilar da gestão assistencial durante todo o ano. 

“Nosso olhar é para a saúde da mulher durante todo o ano, não apenas em outubro. Estamos estudando a possibilidade de tornar essa isenção uma ação permanente, como parte da nossa linha contínua de cuidado”, afirma. 

O APS Digital conecta beneficiárias a uma equipe multiprofissional — composta por médico de família e comunidade, enfermeira, psicólogo e nutricionista — e utiliza ferramentas digitais para oferecer acolhimento e acompanhamento estruturado.  

O formato segue uma tendência entre operadoras de planos de saúde e cooperativas médicas, que vêm adotando a APS como modelo prioritário para organizar fluxos assistenciais, reduzir custos e aumentar a resolutividade. 

Especialistas em gestão em saúde apontam que a adoção da atenção primária digital tem potencial para melhorar a coordenação do cuidado e reduzir a fragmentação dos serviços, mas também exige investimentos em tecnologia, treinamento de equipes e engajamento dos beneficiários — pontos que podem determinar a sustentabilidade do modelo no médio prazo. 

Embora a atual campanha esteja alinhada ao movimento nacional do Outubro Rosa, a Unimed Cerrado indica intenção de manter ações preventivas de forma permanente. O desafio, segundo analistas do setor, é garantir que a expansão da APS digital resulte em ganhos mensuráveis tanto em indicadores clínicos quanto em eficiência operacional. 

Com a iniciativa, a cooperativa se insere em um contexto mais amplo de integração entre atenção primária, saúde digital e gestão baseada em valor, tendência que vem ganhando força no sistema suplementar de saúde brasileiro.