A Hapvida desenvolveu o programa “Navegar da Mama”, que combina tecnologia, coordenação multidisciplinar e processos ágeis, para reduzir o tempo entre a suspeita e a confirmação de câncer de mama.  

O projeto, que evoluiu do piloto “Alerta Rosa” iniciado em Fortaleza, em 2023, já diminuiu em 75% o tempo médio de diagnóstico, passou de 136 para 36 dias, com meta de alcançar os 30 dias estabelecidos pelo SUS. 

“Estamos muito próximos dessa meta. Isso representa eficiência tecnológica e avanço na experiência do paciente, e sobretudo uma gestão mais ágil e segura do fluxo assistencial”, explica Nina Abreu, diretora médica nacional de Qualidade da Hapvida Diagnóstico, idealizadora do programa.  

O diferencial do “Navegar da Mama”, de acordo com Nina, está na integração entre inteligência artificial, automações e acompanhamento humano especializado. 

O programa atua com equipes multidisciplinares compostas por mastologistas, radiologistas, oncologistas, patologistas e enfermeiras navegadoras, responsáveis por coordenar cada etapa do diagnóstico. Além disso, o atendimento concierge garante comunicação contínua, agendamento ágil de exames e monitoramento em tempo real, otimizando processos e reduzindo riscos operacionais. 

Expansão nacional e ecossistema integrado 

Atualmente presente no Ceará, São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Sergipe e Alagoas, o “Navegar da Mama” planeja expansão para Recife, Paraíba e Rio Grande do Norte nos próximos meses, com previsão de cobrir todas as praças atendidas pela Hapvida até 2026.  

O programa acompanha cerca de duas mil pacientes por mês, dentro de uma estrutura mais ampla, o Projeto Navegar Oncológico, que engloba 17 linhas de navegação diagnóstica. Essas linhas abrangem sistemas corporais diversos, desde abdominal e torácico até pediátrico e ginecológico, totalizando mais de três mil casos oncológicos suspeitos e oito mil pacientes críticos monitorados mensalmente. 

Tecnologia e integração no fluxo assistencial 

Sustentada por business intelligence, inteligência artificial e automações, a operação do programa identifica laudos suspeitos, acionam equipes e agendam procedimentos de forma imediata.  

“Mais do que reduzir prazos, nosso objetivo é assegurar precisão, eficiência e coordenação completa entre especialistas, garantindo que cada caso seja acompanhado de forma integrada e contínua”, afirma Nina Abreu. 

A combinação entre tecnologia e cuidado humano não apenas melhora indicadores operacionais, mas também fortalece a governança clínica e a tomada de decisão baseada em dados.  

O modelo implementado pela Hapvida demonstra como soluções digitais aplicadas à saúde podem gerar impacto mensurável na gestão de processos complexos, desde triagem até encaminhamento oncológico.