Mais de 60% das empresas de Medicina Diagnóstica adotam ações ESG, revela Abramed
12/11/2025

Com o início da COP30, que começou nesta semana, a sustentabilidade assume um papel central nas discussões globais e a Medicina Diagnóstica desponta como um vetor importante para o avanço de ações sustentáveis, de equidade e de governança sólida.  

É o que mostra a 7ª edição do Painel Abramed – O DNA do Diagnóstico, que revela que 61% das empresas vinculadas à Associação possuem iniciativas socioambientais de voluntariado. 

O levantamento indica ainda uma tendência consistente de redução do impacto ambiental nas operações de laboratórios e centros diagnósticos. Entre 2023 e 2024, o setor registrou uma queda de 25,6% no consumo de energia por exame realizado e de 7,1% no uso de água. 

No campo da gestão de resíduos laboratoriais, os dados também apontam avanços: 93% das empresas adotam coleta seletiva, 88% promovem campanhas de conscientização, 87% realizam inspeções ou auditorias internas e 86% oferecem treinamentos voltados ao tema. 

Para o médico patologista, professor e pesquisador Paulo Saldiva, a atuação proativa do segmento é determinante diante da crise climática.  

“Hoje, as cidades estão na mesa de autópsia, e a saúde tem um papel central em diagnosticar, propor terapêuticas e orientar caminhos de sustentabilidade”, observou Saldiva, no 9º Fórum Internacional de Lideranças da Saúde (FILIS), em agosto. 

A pauta ambiental também ganhou novo fôlego neste ano, com a Abramed se tornando signatária do Pacto Global da ONU, dentro do Programa Multiplicadores, movimento que reforça o compromisso da entidade em consolidar a Medicina Diagnóstica como agente ativo das agendas socioambientais. 

Equidade e diversidade

No eixo social, outro pilar da agenda ESG, o relatório destaca a diversidade como elemento central nas empresas de Medicina Diagnóstica, com protagonismo feminino em equipes e cargos de liderança. 

Segundo o estudo, 100% das associadas da Abramed têm mais da metade de seu quadro de colaboradores formado por mulheres e, em 65% das instituições, mais de 50% das lideranças são femininas. 

A diversidade também se reflete em outros aspectos: uma em cada cinco empresas conta com 25% de colaboradores LGBTQIA+, e 20% das associadas têm 47% de seus funcionários com mais de 50 anos, demonstrando abertura à pluralidade geracional. 

Governança e transparência como pilares de confiança 

No campo da governança, a Abramed tem reforçado a importância de políticas de conformidade e transparência como ferramentas essenciais para fortalecer a confiança entre empresas, pacientes e demais stakeholders.

O Painel Abramed mostra que metade das organizações do setor já divulga relatórios de práticas ambientais, sociais e de governança corporativa — um movimento que tende a se ampliar nos próximos anos. 

Para Milva Pagano, diretora executiva da Abramed, a governança é um eixo estratégico tanto para a reputação quanto para a sustentabilidade operacional das empresas. 

“Relatórios de governança apoiam na tomada de decisões estratégicas por parte dos gestores, atraem investidores para o ecossistema suplementar e melhoram a eficiência operacional. Além disso, fomentam o engajamento dos colaboradores e auxiliam no desenvolvimento de uma cultura de responsabilidade, preparando a empresa para desafios futuros e promovendo uma atuação mais sustentável e ética no setor”, explica Pagano. 

Saldiva também reforça que entidades como a Abramed têm papel fundamental na construção de uma visão colaborativa da agenda ESG. 

“No trabalho da Abramed, vemos empresas concorrentes trabalhando juntas, dialogando e trocando informações — e isso não é habitual em outras áreas. Esse talvez seja o maior legado da saúde: mostrar que é possível avançar coletivamente em prol da vida”, comentou o médico. 

Com o Brasil sediando a COP30, Milva Pagano conclui que o momento é propício para que o setor reafirme seu compromisso com metas concretas de sustentabilidade.  

“A COP30 representa um marco para o país e uma oportunidade para o setor reafirmar seu papel na transição para uma economia de baixo carbono. A Medicina Diagnóstica tem a capacidade de se posicionar como um dos líderes dessa transformação, unindo inovação, ciência e compromisso com o futuro do planeta”, afirmou. 





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