Ontem, as ações da rede de tratamento para câncer fecharam com valorização de 4,21%, cotadas a R$ 1,98. Durante o pregão, o papel chegou a subir 9%.
Segundo fontes, a gestora americana Centaurus (que detém 31,37% da empresa), o banco Master (14,96%), a Goldman Sachs (4,9%) e a Latache (que detém 14,33%) não participaram do aumento de capital. A Centaurus e o Master não cederam seus direitos de preferência e a Goldman concedeu para alguns de seus investidores.
Centauro, Master, Goldman Sachs e Latache não participaram da transação. Bruno Ferrari adquiriu novas ações da companhia
Já Bruno Ferrari, um dos fundadores e presidente da companhia de saúde, que possui 8,58% do grupo, adquiriu novas ações.
Considerando uma captação de R$ 1,3 bilhão, a Centaurus pode ter sua fatia reduzida para cerca de 25% caso realmente não participe da operação, mas continua sendo um acionista relevante. O Master, por sua vez, ficaria com uma fatia inferior a 10%.
A nova estrutura societária da Oncoclínicas deve ser divulgada dentro de duas semanas.
Nesta semana é o período para subscrição das sobras de ações. Havia um acionista que já havia sinalizado, na semana passada, que entraria nessa segunda fase. Por isso, a companhia já informou, na terça-feira à noite, ter alcançado o mínimo necessário para o aumento de capital.
O aumento de capital da empresa possibilita aos debenturistas um bônus de subscrição para cada ação, que pode ser exercido no prazo de dois anos. O papel foi precificado a R$ 3 no aumento de capital.
Além de levantar recursos juntos aos acionistas para reduzir seu passivo, a Oncoclínicas está se desfazendo de ativos que não fazem parte de sua operação principal e abrindo mão de sociedades em hospitais especializados em oncologia.
A companhia já vendeu os hospitais gerais localizados no Rio de Janeiro e Uberlândia (MG) em transações que não envolveram entrada de recursos, mas assunção de dívidas e contratos de prestação de serviços médicos para esses hospitais.
O grupo também vai se desfazer da unidade hospitalar de Belo Horizonte e a operação da Arábia Saudita, onde será gestora médica.
A Oncoclínicas, Ferrari, Latache e Goldman Sachs informaram que não comentam. A reportagem não conseguiu contato com a Centaurus.