Lucro da Hapvida soma R$ 338 milhões no 3º trimestre
13/11/2025
Hapvida, maior operadora de planos de saúde e dental, com 16 milhões de usuários, teve uma queima de fluxo de caixa livre de R$ 51,9 milhões no terceiro trimestre. O indicador negativo é devido à piora do lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado, aumento de desembolsos com cobranças de ressarcimento do SUS e pagamento de contas médicas e fornecedores de trimestres anteriores, que surgiram após a integração dos sistemas. 

 Segundo Jorge Pinheiro, CEO da Hapvida, essa queima de caixa não voltará a se repetir no próximo trimestre. “Foi pontual. Tivemos impacto dos investimentos que estamos fazendo na nossa rede. Essa expansão vai trazer resultados positivos. Estamos olhando o longo prazo”, disse. 

A companhia está fazendo um investimento de R$ 2 bilhões para a construção de hospitais e clínicas, em especial em São Paulo e Rio de Janeiro, praças em que o grupo tem mais dificuldades para se expandir devido à concorrência. 

O Ebitda recuou 2%, para R$ 746,4 milhões no trimestre e a margem do respectivo indicador caiu 0,8 ponto percentual, para 9,6%. 

O lucro líquido ajustado subiu 4%, para R$ 338 milhões, beneficiado por ganhos financeiros. 

A companhia apresentou consumo de caixa de R$ 25 milhões no trimestre. Essa conta veio de um consumo de R$ 51,9 milhões no fluxo de caixa livre e de R$ 92,3 milhões de fusões e aquisições que, por sua vez, foram parcialmente compensados por R$ 119,1 milhões das atividades financeiras. 

Os recursos do caixa foram utilizados nas seguintes destinações: R$ 136 milhões de contas médicas e fornecedores, R$ 74 milhões de ressarcimento do SUS, R$ 81 milhões de contingências cíveis e R$ 225 milhões de investimentos (capex).

Na linha de aquisições, R$ 51,5 milhões correspondem às parcelas mensais do acordo com o vendedor da NotreDame Intermédica e R$ 40,8 milhões de pagamentos das parcelas retidas de aquisições, como Santa Monica, Belo Dente, Grupo São Francisco e outros. 

A taxa de sinistralidade subiu 1,4 ponto percentual, para 75,2%, motivada pelo aumento de ocorrências médicas. A empresa já apura uma normalização em novembro. 

A companhia teve um crescimento tímido no volume de usuários de planos de saúde de apenas 12 mil novas vidas. “Não estamos satisfeitos com esse número. Vamos crescer. A maior concorrência se dá em São Paulo, onde estamos focando muito, construindo hospitais premium”, disse Pinheiro. 

A receita subiu 6%, para R$ 7,8 bilhões, no trimestre, impulsionada pelo aumento no tíquete médio. 
 





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