Ex-São Luiz, assume Beneficência Portuguesa
Valor Econômico
10/04/2013

Ex-São Luiz, assume Beneficência Portuguesa

Por Beth Koike | De São Paulo
 
Leonardo Rodrigues/Valor / Leonardo Rodrigues/Valor
Denise Santos é a nova CEO do grupo hospitalar, da família Ermírio de Moraes

 

Uma semana após a Rede D'Or São Luiz anunciar um novo presidente, a Beneficência Portuguesa segue o mesmo caminho. O grupo hospitalar, comandado pela família Ermírio de Moraes, acaba de contratar Denise Santos, ex-presidente do São Luiz, para o cargo de CEO.

Denise é a primeira executiva sem ligações com as empresas da família Ermírio de Moraes a ocupar um posto de liderança na Beneficência Portuguesa.

Nos últimos quatro anos, o superintendente do hospital foi Luiz Koiti, ex- Tivit. Antes, por cerca de duas décadas, o gerente-geral era Julio Yonamine, braço direito de Antônio Ermírio.

"Além da minha contratação, há chegada de outros três executivos de mercado e a criação de quatro novas superintendências", disse Denise, que negociou diretamente sua nova posição, nos últimos três meses, com Rubens de Moraes, presidente da diretoria administrativa do grupo hospitalar.

Principal executiva do São Luiz entre 2009 e 2011, Denise cumpriu uma quarentena de um ano fora do setor de hospitais. Nesse intervalo, passou pelo grupo de mídia RBS, onde liderou o processo de venda do Canal Rural para o frigorífico JBS, e mais recentemente pela empresa de call center Teleperformance.

O principal desafio de Denise à frente da Beneficência Portuguesa gira em torno dos procedimentos médicos do Sistema Único de Saúde (SUS), que representam 60% dos atendimentos e têm uma remuneração defasada.

Não à toa, o hospital encerrou o ano passado com um prejuízo de R$ 14,4 milhões, revertendo o lucro de R$ 23 milhões de 2011.

O grupo hospitalar vem investindo fortemente na melhoria de sua estrutura para atrair mais pacientes de planos de saúde e com essa receita cobrir as perdas. Cerca de 65% dos atendimentos médicos realizados na Beneficência são Sistema Único de Saúde, mas esses procedimentos representam apenas 20% do faturamento que somou R$ 663,2 milhões no ano passado. Os outros 80% vêm de pacientes de planos de saúde e de atendimento particular.

Outra ação para cobrir o prejuízo é o São José, hospital premium do grupo criado em 2007 e cujos ganhos são repassados para a Beneficência Portuguesa.

 

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