Analistas mantêm tom de cautela com Dasa
Valor Econômico
15/05/2013

Analistas mantêm tom de cautela com Dasa

 
Por Marina Falcão | De São Paulo

Após um quarto trimestre decepcionante, a Dasa reportou resultado um pouco melhor do que as previsões do mercado no primeiro trimestre. As ações da empresa encerraram o pregão em alta de 4,71% ontem, mas os analistas consultados pelo Valor continuam cautelosos.

Dickson Tangerino, presidente da Dasa, disse que já percebe sinais de melhora na receita, durante teleconferência. Segundo o executivo, a companhia retomou seu patamar de agenda ideal, com melhor utilização dos equipamentos.

 

 

No primeiro trimestre, a receita líquida da Dasa subiu 4,5%, para R$ 581,6 milhões. A concorrente Fleury teve performance superior - a receita cresceu 12%, para R$ 393,6 milhões. "Continuamos cautelosos em relação à Dasa devido à perda de fatia de mercado", informou o banco JP Morgan, em relatório.

O lucro líquido da companhia no primeiro trimestre caiu 35%, para R$ 23,6 milhões. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) recuou 19%, para R$ 99,1 milhões.

O balanço não pode ser considerado forte, segundo o banco Itaú. "O que vemos é uma expansão de receita de um dígito médio e o Ebitda declinante na comparação anual", escreveu Thiago Macruz, do Itaú. "O que estava péssimo ficou apenas ruim", disse outro analista.

O Bank of America Merrill Lynch escreveu a clientes que ainda não enxerga sinais claros de virada. A corretora Brasil Plural e o Deutsche Bank adotaram o mesmo tom.

Para Guilherme Assis, da Brasil Plural, a margem Ebitda em 17% foi a surpresa do resultado. Mas Assis afirmou, em relatório, que não acredita que a Dasa será capaz de manter o mesmo nível de melhora nos próximos trimestres. "A administração assumiu que os problemas de call center também estão relacionados à falta de médicos", observou Assis.

O Deustche informou que a margem surpreendeu porque a Dasa adiou planos de recontratação de pessoal. No curto prazo, a empresa poderá ter pressões de custos. "Voltamos a contratar no mês de março", disse Tangerino.

O executivo espera que o dissídio dos funcionários da Dasa seja de 6% em São Paulo, onde está 40% da sua folha de pagamento. A estratégia comercial da empresa será de repassar, no mínimo, 50% da inflação para os preços, afirmou Tangerino. Ele disse ainda que a Dasa tem como meta ampliar a conversão do seu lucro em caixa, a partir da melhora do perfil da sua carteira de recebíveis.

 

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