Salário pesa para cidades pequenas
Valor Econômico
31/05/2013

A dificuldade para contratar médicos se reflete nos altos salários oferecidos em cidades pequenas como São Bento do Tocantins. O salário oferecido a um clínico geral no município chegou a R$ 18 mil por mês no início de 2013, pesado para o orçamento municipal que custeia 80% dos gastos com saúde, segundo a secretária Maria dos Santos. "Um médico que vem para o interior cobra R$ 20 mil, R$ 22 mil, R$ 23 mil, mais a hospedagem. É muito difícil encontrar quem venha", diz. Após três meses de procura, ela conseguiu contratar por salário "pouco menor que R$ 18 mil" um médico nascido em Imperatriz, a 100 km de São Bento.

O dinheiro que ela recebe do Ministério da Saúde para pagar médicos, enfermeiros e dentistas soma R$ 10.685 por mês para todo o quadro clínico; o custo da folha de pagamento desses profissionais, contudo, chega a R$ 45 mil.

Há anos, por conta de cortes de gastos, a cidade perdeu seu hospital de pequeno porte, que possibilitava o atendimento emergencial. Sem equipamentos, os médicos cobrem apenas casos de prevenção ligados ao programa federal Saúde da Família: check-ups, controle de pressão, monitoramento de diabéticos e gestantes. Quem chega enfartando ou em trabalho de parto viaja mais de uma hora de ambulância para ser atendido no hospital mais próximo, em Augustinópolis, a 200 km de distância. Foi um médico cubano, que morou em São Bento durante o período em que valeu o acordo com Cuba, que fez o parto da irmã da secretária de saúde. "Ele era clínico geral e cirurgião, fez parto cesariana e laqueadura. Tinha estrutura para fazer aqui." (LG)







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