Em Porto Príncipe, na capital do Haiti, o governo federal brasileiro construiu um Hospital Comunitário de Referência. Nesta sexta-feira (23), a unidade foi batizada de Dra. Zilda Arns, em homenagem à médica brasileira que morreu na cidade após o terremoto de 2010. O hospital, que atende mais de 200 pacientes por dia, faz parte do projeto internacional de reconstrução do Haiti. O Brasil ainda construiu outros dois hospitais na região.
Zilda Arns, que já foi indicada por três vezes ao Prêmio Nobel da Paz, era reconhecida por seu trabalho de combate à mortalidade infantil, desnutrição e violência.
No Haiti, o ministro da Saúde, Ricardo Barros, assinou com o representante residente do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Niky Fabiancic, o acordo de uso de US$ 20 milhões do Fundo de Reconstrução do Haiti (FRH) para a área de saúde no país.
“O projeto prevê a transferência progressiva dessas estruturas ao governo haitiano, para que eles sigam em plena operação e com sustentabilidade garantida após o término do projeto que hoje assinamos aqui”, afirmou o ministro. O Brasil ainda doou 15 mil doses da vacina antirrábica humana para o Haiti.
O fundo foi criado pelo governo haitiano, em parceria com doadores bilaterais e multilaterais, e tem o objetivo de reunir, mobilizar, coordenar e destinar recursos para o financiamento da recuperação, da reconstrução e do desenvolvimento do país.
Cooperação Tripartite
As ações de cooperação internacional para reconstrução do Haiti envolvem também Cuba. Fundada em 2010, logo após o terremoto que atingiu a região, a cooperação já destinou mais de R$ 135 milhões para a obras de saúde no Haiti, além da doação de 8 milhões de vacinas contra sarampo, rubéola e poliomielite.
Entre as medidas adotadas para a recuperação do Haiti estão as reformas em unidades de saúde, laboratórios e uma oficina de órteses e próteses, além da formação de recursos humanos e o apoio a ações de vigilância e imunização.