HIV: Injeção mensal no lugar de comprimido diário
26/07/2017
Estudo que comprova a eficácia da injeção foi apresentado nesta segunda-feira (24), em Paris, e já foi testado em mais de cem pessoas; entenda 

Atuamente, somente na América Latina, 1,8 milhões de pessoas vivem com o vírus HIV, segundo o Unaids 

shutterstock/Reprodução 

Atuamente, somente na América Latina, 1,8 milhões de pessoas vivem com o vírus HIV, segundo o Unaids 

Um novo estudo poderá indicar uma nova forma de tratar pessoas com o HIV. A pesquisa divulgada nesta segunda-feira (24) durante a nona edição da Conferência de Investigação sobre o HIV, organizada pela Sociedade Internacional contra a Aids apontou que os pacientes que fazem o tratamento da doença utilizando comprimidos diários poderão conseguir o mesmo resultado tomando apenas uma injeção mensal de antirretroviral. 

De acordo com a agência EFE, o trabalho foi apresentado em Paris pelo cientista da Universidade da Carolina do Norte (EUA) Joseph Eron. Em sua análise, ele constatou que todos os portadores de HIV em estado de supressão viral respondem bem às injeções. 

Elas poderão ser administradas a cada quatro semanas ou a cada oito. Atualmente, esses pacientes devem tomar um comprimido por dia para que o vírus seja indetectável e não seja transmitido, ainda que não seja possível eliminá-lo por completo. 

“Para alguns soropositivos, um tratamento injetável de longa duração pode ser mais cômodo e menos estigmatizante do que o atual, o que poderia aumentar a taxa de continuidade", afirmam os autores do teste, que já foi aplicado em centenas de pessoas. 

Para o vice-presidente da conferência, Jean-François Delfraissy, a continuidade do tratamento, de maneira adequada, é fundamental, já que quando interrompida pode provocar aumento da resistência do vírus aos medicamentos, o que é extremamente grave. 

Menos mortes 

Segundo informações divulgadas na última semana pelo Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids), em 16 anos, o número de mortes relacionadas com a doença foi reduzido em 12% na América Latina. 

No ano de 2000, mais de 40 mil pessoas foram a óbito por conta do vírus, enquanto em 2016 esse número caiu para cerca de 35 mil. Para o Unaids, essa redução se deve ao maior acesso dos pacientes a tratamentos antirretrovirais. 

Hoje, há mais de 1,8 milhões de pessoas são portadoras de HIV, sendo que 1 milhão desses cidadãos são beneficiados com tratamentos adequados. Porém, países como Bolívia, Paraguai e Venezuela ainda precisam investir mais nesse quesito para ajudar a aumentar ainda mais a assistência da região. 
Fonte: Unidas




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