Fabricantes de equipamentos de saúde negociam novo modelo de pagamento
25/08/2017
A Siemens Healthineers criou no Brasil um sistema para controlar, à distância, as máquinas usadas em exames, diz o diretor-executivo da empresa no país, Armando Lopes.

O plano da companhia é que seus próprios funcionários passem a operar os equipamentos, tanto remotamente como dentro das unidades.

"Os ativos ficariam com a indústria. O prestador só entrega o paciente e cabe a nós devolver os dados e resultados", afirma Lopes.

A empresa já conversa com seus clientes, mas ainda há limitações, como o sigilo dos dados dos pacientes.

"Além disso, o preço do novo sistema ainda não compensa", diz Conrado Cavalcanti, vice-presidente da Abramed (de hospitais e laboratórios).

"Hoje, [os fornecedores] não têm risco. Eles vendem o equipamento e ganham uma margem. Esse novo modelo seria mais completo, mas ainda está na etapa de discussões."

A Philips integra uma PPP na Bahia em que não vende as máquinas, mas é uma das responsáveis pelo serviço.

"Na parceria, o entendimento foi que operar equipamentos não era o foco do sistema de saúde. É uma discussão que começa a aparecer no setor privado", afirma Renato Carvalho, diretor-executivo da companhia no Brasil.

Prioridade privada

A Siemens Healthineers, divisão de saúde da fabricante de equipamentos, reduziu o peso dos contratos com o setor público, diz Armando Lopes, diretor-executivo da empresa no Brasil.

"A crise econômica levou a uma diminuição em torno de 20% da fatia governamental nos últimos dois anos", afirma.

O principal motivo foi o crescimento da inadimplência, segundo Lopes.

As vendas da Siemens para o setor público em 2017 representam cerca de 11% dos negócios da companhia. A maior parte dos contratos é de equipamentos menores e mais baratos.

A companhia também sentiu um aumento nos atrasos de pagamento de alguns clientes privados, afirma o executivo.

"Principalmente entre aquelas empresas que prestam serviços de análises clínicas e testes para governos e prefeituras."

€ 10,1 BILHÕES
(R$ 37,52 bi) foi global da Siemens Healthineers de out.2016 a jul.2017
700
são os funcionários no Brasil




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