Faculdade de Medicina de Olinda negocia fatia
28/09/2017
Inaugurada há apenas três anos, a Faculdade de Medicina de Olinda (FMO), em Pernambuco, negocia a entrada de um investidor para financiar sua expansão. Já há um processo competitivo em andamento com interesse, principalmente, de fundos de private equity. Um dos que já olharam o ativo é a gestora Bozano que já tem faculdades na área da saúde, segundo o Valor apurou.

Ainda de acordo com fontes, o interesse inicial da FMO é vender uma fatia minoritária e levantar recursos para abertura de campi em outras três praças no Norte e Nordeste. No entanto, não está totalmente descartada a venda do controle da faculdade, que tem 360 alunos que pagam uma mensalidade de R$ 7,4 mil. O faturamento anual da FMO é de R$ 36 milhões, mas o que chama atenção é a margem Ebitda de 57% e o potencial de expansão para outras regiões, segundo uma fonte a par das negociações.

A FMO planeja abrir novos campi por meio do Programa Mais Médicos - iniciativa do governo federal que concede vagas de cursos de medicina e que vai priorizar na próxima fase as faculdades nas cidades do interior do Norte e Nordeste do país. Um dos pré-requisitos para a instituição se credenciar no programa é ter parceria com o SUS. A faculdade de Olinda tem parcerias com as secretarias de saúde de Olinda e municípios próximos. A FMO investiu na reforma de hospitais e postos de saúde públicos que são usados pelos alunos para as aulas práticas.

A FMO é a única instituição a oferecer curso de medicina em Olinda. Seus principais concorrentes privados são a Ser Educacional e a Universidade Católica de Pernambuco , que têm graduação de medicina em Recife.

A FMO é fruto de uma iniciativa do advogado Inácio de Barros Melo Neto que investiu de R$ 20 milhões para montar a faculdade. "Investimos numa estrutura de excelência. Temos equipamentos de R$ 500 mil na faculdade e nosso diretor acadêmico é o médico Carlos Brant", disse Melo Neto, que preferiu não comentar sobre as negociações com investidores. A FMO contratou recentemente a EY (Ernst & Young) como assessor financeiro. A família Melo Neto também fundou a primeira faculdade de direito em Olinda, em 1969, que hoje é administrada por uma tia de Inácio.
Fonte: Valor




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