Google é marca de maior prestígio no país
16/10/2017
O Google venceu pelo segundo ano consecutivo o Prêmio MarCo., que aponta as marcas de reputação mais sólida em 33 setores da economia, organizado pela "Época NEGÓCIOS" em parceria com a consultoria TroianoBranding. A empresa foi destaque absoluto entre as 296 marcas pesquisadas junto a 2 mil profissionais com cargos de gerência a alta liderança executiva.

Para o diretor de marketing para a América Latina, Walter Esteban, o resultado reflete a atuação da empresa voltada a melhorar a vida das pessoas. "Temos trabalhado para garantir um melhor acesso à informação e ajudar a puxar a agenda da inovação junto aos nossos parceiros e clientes."

Vencedor no segmento "mundo digital", o Google chegou a frente dos outros 32 campeões setoriais ao liderar em cinco dos dez atributos avaliados pela pesquisa - admiração, se guiada por um propósito, ambiente de trabalho, governança corporativa e postura inovadora - e figurar em segundo em outros três - responsabilidade socioambiental, história e evolução, confiança. Esteban festeja o prêmio pela importância do mercado brasileiro para o prestígio global da marca. "O Brasil é o único país do mundo que tem a estrutura completa do Google", afirma na entrevista a seguir em que comenta o desempenho no MarCo. 2017 e fala da decisão estratégica da companhia em se transformar também em uma empresa de hardware.

Valor: Qual a importância da operação no Brasil para a reputação da marca?

Walter Esteban: O Brasil sempre foi um mercado prioritário para o Google. Pelo tamanho e pela diversidade de pessoas e de sua cultura. Hoje, são 107 milhões de internautas, um mercado notável tanto do ponto de vista dos negócios, da receita publicitária, quanto do comportamento de seus usuários. O país é hoje o segundo maior mercado [atrás do americano] em termos do tempo gasto em vídeos on-line. A gente acabou de fazer uma pesquisa para anunciantes mostrando que o consumo de conteúdo on-line no Brasil cresceu 90% nos últimos três anos [passando de 8,1 para 15,4 horas por semana, contra um crescimento de 21,9 para 22,6 horas por semana dedicadas à televisão], com a predominância absoluta do YouTube [plataforma preferida por 99% da audiência]. É uma mudança de comportamento muito consistente. O Brasil está entre os cinco maiores mercados globais no uso das principais plataformas do Google, como o YouTube, Gmail, Chrome, Android, Google Maps, Play Store.

Valor: Não causa surpresa que o Google não esteja entre as três empresas de maior destaque no atributo "qualidade de produtos e serviços"?

Esteban: É interessante, mas não causa surpresa. A minha teoria é que, quando a gente atua em muitas frentes, mesmo tendo muitos usuários satisfeitos, sempre teremos o que melhorar. Parte da estratégia do Google é lançar nossos produtos o quanto antes para trabalharmos com os usuários para aperfeiçoá-los. Parece então que sempre temos muito a fazer. E tem também um outro ponto: eles não são coisas tangíveis. Como tudo é acessado pelo celular, a qualidade acaba sendo atribuída ao hardware. E somos uma empresa de software. Quando você está no YouTube e ele trava, não é conexão da internet, não é o celular, é o YouTube.
 
Valor: O que pode ser feito para mudar essa percepção?

Esteban: Temos trabalhado os produtos de uma forma mais abrangente, não só do ponto de vista da usabilidade, mas também da conexão. A gente tem tido muito cuidado lançando aplicativos na versão light ou na versão offline, para que funcionem sem consumir dados ou estar no wi-fi.

Valor: A outra categoria em que a empresa não aparece entre os líderes é "Compromisso com o desenvolvimento do Brasil". O que isso tem a dizer sobre a companhia?
Esteban: Essa, sim, para mim é uma surpresa, mas talvez tenha a ver com o fato de as empresas lembradas [Sebrae, Vale e Votorantim Cimentos] serem todas brasileiras, com um grande número de contratados. Temos investido muita energia no Brasil - e também dinheiro. Nos últimos três ou quatro anos foram quase meio bilhão de reais. Alguns projetos são mais evidentes, como o campus para empreendedores em São Paulo e os [estúdios do] YouTube Space em São Paulo e no Rio. Também acabamos de lançar aqui o nosso primeiro centro de computação em nuvem da América Latina. O Google Cloud em São Paulo vai ajudar muito as grandes companhias em termos de infraestrutura na internet.

Valor: Pode haver um problema de comunicação, não?

Esteban: Exato. As pessoas podem não se dar conta, mas estamos presentes na vida de todo mundo, do indivíduo e da pequena loja da esquina à multinacional com operações aqui. O Brasil é o único mercado do mundo que tem a estrutura completa do Google, que inclui os YouTube Spaces, os Googles Campus, o Partner Plex, espaço exclusivo para parceiros estratégicos de grande porte, e o centro de engenharia. Pouca gente sabe que temos 120 engenheiros nesse escritório em Belo Horizonte criando soluções para o mundo inteiro. Como o Google Health, por exemplo. Quando você faz uma busca sobre doenças e sintomas, os resultados aparecem em um painel à direita com informação curada em parceria com o Hospital Albert Einstein, com a ajuda de médicos de verdade. Com desenvolvimento em nível global, o projeto nasceu em Belo Horizonte e foi lançado primeiro nos Estados Unidos. As pessoas talvez não saibam, mas o Brasil é um hub importante de tecnologia para o Google.
Valor: Um ano depois de lançado, qual é a avaliação do desempenho do Pixel, o "celular do Google"?

Esteban: É um projeto a longo prazo, mas não tem volta. É uma decisão estratégica do Google virar uma empresa de hardware para valer. Acabamos de lançar a segunda versão do Pixel [no último dia 4, nos Estados] e todo ano, em outubro, teremos um modelo novo. Os resultados são superpositivos porque já temos uma plataforma de software forte [83% dos celulares no Brasil rodam o Android, de acordo com o eMarketer]. O nosso foco é dar a melhor experiência para o usuário em um celular. No mês passado, a gente lançou a nova versão do assistente de voz em português brasileiro. Ele consegue falar com você não só nas respostas às pesquisas que você faz na internet, organizadas em cards temáticos em vez de em uma lista geral, mas também na consulta de compromissos da agenda e até nas buscas nos álbuns de fotos. Todos os celulares com a última versão do nosso sistema operacional já podem usar o recurso. Esse é um passo decisivo para criar as condições necessárias para o lançamento do Pixel no Brasil, ainda sem previsão.


Fonte: Valor




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