Um Robô da IA que cuida do idoso
21/11/2017

Graças sobretudo a evolução e propagação da Inteligência Artificial (IA) [1-2], o mercado de robôs humanoides crescerá mais de 10 vezes variando de 320,3 MUS$ este ano para 3,9 BUS$ em 2023, de acordo com um relatório de pesquisa recente [3]. Esse crescimento será impulsionado pela introdução dos recursos mais avançados nestes robôs, bem como uma série de fatores sociais.

Em 2023, veremos um uso crescente de robôs humanoides para educação, bem como no setor de varejo, para melhor personalizar o suporte ao cliente. Os setores médico e logístico também estão interessados em integrar mais IA nos robôs, assim como as indústrias que fazem operações de resgate autônomo.

Como consequência no interesse dos robôs, tem existido uma tendência de interesse crescente do mercado nos Robôs para Consumidores (ou “Consumer Robots”) [4]. Estes robôs são também conhecidos como Robôs Domésticos [5].

Com o crescimento de idosos no mundo – apenas no Brasil eles cresceram 50% em uma  década [6] e vão triplicar de 2010 a 2050 [7] – o foco em produtos para a população idosa tem aumentado significativamente e, nada mais oportuno, do que combinar a criatividade do uso dos robôs incrementada pela tecnologia de IA, para ofertar produtos inovadores para esse setor.

Um segmento onde os robôs domésticos está provocando muito interesse é o da Saúde. Uma área que está muito alavancada com os Robôs Domésticos é a de cuidados para idosos focando em diversas aplicações tais como: (a) atividades ocupacionais; (b) atividades físicas; (c) jogos; (d) práticas de exercícios; (e) adesão a medicação (tomar o remédio na hora certa) e outras.

Para efeito de motivação, ver este vídeo aqui [8] sobre os Robôs Domésticos na Saúde com um grande impacto da tecnologia de IA e de “Deep Learning!

O mercado desses dispositivos para idosos vai representar algo em de 20 BUS$ em 2020 segundo o analista de indústria Aging in Place Technology Watch [9]. Os investidores estão procurando startups que focam em mobilidade e “solidão” de pessoas (o que é um caso típico de idosos) [10-11].

O robô Elli-Q [12] da startup israelense Intuiton Robotics é um assistente virtual com hardware próprio (que pode ser integrado com um tablet) e que “instiga” as pessoas isoladas em casa a se comunicar com amigos e família. Ele também tem jogos embutidos, organiza passeios e ajuda ao usuário a tomar a sua medicação (estímulo à adesão medicamentosa). O robô da startup Hasbro´s Joy for All [13-14] tem “pets” mecanizados que fazem sons realistas e respondem a toques humanos. A startup francesa Yumii [15] tem um robô chamado Cutii. Esta plataforma tem comunicação móvel e mantém os idosos em contato com a família e médicos, como também, guia-os em diferentes atividades (como prática de Yoga) via comandos de voz.

Recentemente, os pesquisadores da Brown University anunciaram uma parceria com a Hasbro para adicionar lembretes de medicação, Inteligência Artificial básica e outras capacidades para o Joy for All Companion Pets, da Toymaker, uma coleção de gatos e cachorros “animados eletronicamente” destinados a aliviar a solidão e melhorar a saúde mental entre os idosos [16].

Uma área de interesse de preocupação na saúde diz respeito a adesão (ou aderência) à medicação que trata de criar meios e estímulos para auxiliar aos pacientes a tomar seus medicamentos corretamente conforme prescritos. De forma geral, existem muitas perdas na saúde nessa área pois os pacientes não tomam seus medicamentos corretamente. Estima-se que estas perdas chegam a 30% do que é prescrito [17]. Nos EUA o custo associado da não adesão à medicação gira em torno de 100 BUS$ a 289 BUS$ por ano [18]. Uma cifra considerável! No caso dos idosos, o tema da aderência à medicação fica agravado pois muitas vezes eles têm múltiplas morbidades (e consequentemente tomam vários medicamentos) o que complica o cumprimento da tomada correta da medicação e muitos já não possuem um controle mental muito eficaz.

O projeto da Brown chamado de “Inteligência Robótica Acessível para Apoio para a Terceira Idade” (ou ARIES = “Affordable Robotic Intelligence for Elderly Support”) procura auxiliar os idosos com demência leve ou, de outra forma, que podem precisar de lembretes diários. O projeto de três anos é apoiado por uma doação de 1,0 MUS$ da National Science Foundation, e incluirá pesquisadores da Iniciativa de Robótica Centrada na Humanidade da Universidade Brown (HCRI), da Faculdade de Medicina Brown’s Warren Alpert e da Universidade de Cincinnati.





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