EUA liberam para venda primeiro remédio derivado de maconha
26/06/2018
As autoridades americanas aprovaram ontem o primeiro medicamento derivado da maconha para a venda no país. O Epidiolex será usado para tratar dois tipos raros mas severos de epilepsia infantil.

O medicamento usa canabidiol purificado, o CBD, que é um dos mais de 80 componentes ativos da planta Cannabis. “Este é um importante avanço médico”, anunciou Scott Gottlieb, da Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA, na sigla em inglês). “Mas também é importante notar que esta não é uma aprovação da maconha ou de todos os seus componentes. É a aprovação de um medicamento específico de CBD para um uso específico”, acrescentou.

O medicamento foi aprovado para ser usado contra a Síndrome Lennox-Gastaut e a Síndrome Dravet em pacientes de 2 ou mais anos. A Agencia Europeia de Medicamentos atualmente revisa o uso do Epidiolex para tratar esses casos e uma decisão está prevista para o próximo ano. A efetividade foi estudada em três testes aleatórios que envolveram 516 pacientes com uma das síndromes, a fim de comparar o uso do medicamento com o de um placebo.

Antes que o remédio possa ser comercializado, a FDA deve reclassificar o CBD, considerada uma droga com alto risco de abuso e sem valor médico porque deriva da maconha. Esperase que este procedimento seja realizado em 90 dias, segundo a GW Pharmaceuticals, que comercializará o remédio por meio de sua subsidiária, a Greenwich Biosciences.

Brasil. No ano passado, a Cannabis foi incluída na lista de plantas medicinais da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o que abriu caminho para que a planta possa integrar a farmacopeia brasileira, publicação que detalha como sua fabricação deve ser feita, e para que fabricantes peçam registro de medicamentos. Em julho, a Anvisa deve iniciar o debate sobre a regulamentação do plantio da maconha para fins de pesquisa ou para fabricação de remédio.

Em janeiro de 2017, a Anvisa aprovou o primeiro medicamento com substâncias derivadas da maconha no País. Registrado como Mevatyl, é indicado para o controle de sintomas da esclerose múltipla em pacientes que não respondem a outros tratamentos. Também já é permitido no Brasil importar produtos à base de canabidiol, em associação com outros canabinoides.




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