Crise migratória eleva risco de doenças nas Américas
03/09/2018
O risco de mais doenças como sarampo, desinteria e tuberculose aumenta nas Américas, na medida em que cresce a crise migratória na região, alerta o presidente da Federação Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho, Francesco Rocca. “Vidas estão em jogo”, diz Rocca em comunicado, estimando que entre 1,6 milhão e 4 milhões de pessoas procuram atualmente fugir da instabilidade ou insegurança em seus países de origem.

Segundo a Federação Internacional da Cruz Vermelha, nada menos de 82% desses refugiados não tem como atender a necessidades básicas, e 80% por exemplo não tem acesso a serviços de saúde. Isso ocorre particularmente com uma parte da população da Venezuela, que foge do país dirigido por Nicolas Maduro.

“Faz muito tempo que as Américas não viam um movimento tão grande de pessoas, e a situação afeta vários países na região”, afirma Rocca. Para ele, essa situação se tornará uma crise muito severa se os migrantes forem recebidos com hostilidade e exclusão em vez de ajuda, respeito e compaixão.

A Federação Internacional da Cruz Vermelha acompanha particularmente o movimento de refugiados em direção do Brasil, Equador, Peru, Guiana e Trinidade Tobago.
 
Fonte: Valor




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