Alliar cria empresa para atender hospitais
26/11/2018
O grupo de medicina diagnóstica Alliar criou uma empresa para realizar exames de imagem para outros laboratórios, operadoras de planos de saúde verticalizadas, clínicas e hospitais. Batizada de Inteligência Diagnóstica Remota (IDR), a nova companhia vai operar de forma separada e terá um presidente e equipe próprios.
O primeiro contrato já foi fechado com um hospital e a previsão é que a IDR inicie as atividades em 15 de janeiro, com faturamento de R$ 8 milhões.

"É a maior oportunidade da Alliar nos próximos anos", disse Roberto Kalil, diretor do grupo, em evento realizado para investidores ontem em São Paulo.

Criada em 2011, a Alliar é controlada pela gestora de private equity Pátria Investimentos e tem 118 unidades de atendimento no país. É dona de redes como CDB, Delfin e Multiscan, com foco maior em exames de imagem, que representam 86% do faturamento total do grupo.

Nos nove primeiros meses do ano, sua receita líquida somou R$ 816 milhões, um aumento de 4% sobre igual período de 2017. O lucro líquido foi de R$ 23,6 milhões, uma alta de 18,3%.

Fernando Terni, presidente da Alliar, afirmou que com a nova empresa será possível crescer sem ter que fazer fusões e aquisições. Nos negócios já existentes, a estratégia prevê crescer de forma orgânica, melhorar a rentabilidade e a geração de caixa.

Segundo Terni, a expectativa é que a IDR cresça entre 5% a 10% no próximo ano. "As margens Ebitda e de lucro líquido serão maiores [que da Alliar] porque a nova empresa não tem capital investido. A IDR nasce basicamente para prestação de serviços", disse.

No evento para investidores, um acionista da Alliar questionou a diretoria sobre uma possível saída do Pátria e dos médicos acionistas do negócio. "Tenho zero preocupação com uma possível saída do Pátria, dos médicos controladores ou entrada de outro acionista", afirmou Terni, ressaltando que a gestão é tocada pela equipe de executivos da companhia.

O acionista questionou ainda se os controladores estariam alugando ações da empresa. Frederico Oldani, diretor de relações com investidores da Alliar, negou que isso esteja ocorrendo.

Segundo fontes do setor, o Pátria teria contratado o Itaú BBA para vender sua fatia na Alliar ou buscar uma fusão. As negociações não teriam avançado até o momento devido ao valor atual da Alliar. No IPO da companhia, o Pátria pagou cerca de R$ 20 por ação. Atualmente o papel está na casa dos R$ 12.
 
Fonte: Valor




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