Inteligência artificial reduz custo de assistência
27/11/2018

Análise de exames e atestados permite identificar tratamentos preventivos, reduzindo gastos com saúde Big data, inteligência artificial, algoritmo, business inteligence(BI),blockchain,data analytics são termos que estão entrando definitivamente para o vocabulário de operadoras e consultorias em saúde. Coma inflação médica beirando a casados 20%, segundo dados do setor, e o custo com planos de saúde representando mais de 12% do gasto da folha de pagamento das empresas, contratantes e operadoras estão investindo pesado em tecnologia para reduzir custos. Há casos de queda de até 30%.

Segundo pesquisa da investidora de start-ups Fisher e da KPMG, o setor foi o que mais investiu em inteligência artificial no segundo trimestre deste ano.

— A implementação dessa inteligência artificial começou para facilitar o uso do plano pelo beneficiário, com aplicativos para agendamento de consultas e reembolso digital. Agora, o investimento visa a mudanças no modelo de pagamento de prestadores e na assistência à saúde dos usuários. Esse uso ainda está restrito, mas a tendência é expandi-lo —diz Solange Mendes, presidente da FenaSaúde.

PRONTUÁRIO ELETRÔNICO

A lógica é captar dados dos usuários e aplicara tecnologia para analisá-los, traçar cenários e induzir o uso mais eficaz do plano de saúde. A adoção de prontuários eletrônicos na rede de clínicas próprias, a Nova med, permitiu ao Bradesco reduzir, em seis meses ,27% dos custos relativos a consultas médicas e exames. No Brasil, o grupo já tem 200 mil usuários integrados ao sistema.

—Os softwares hoje avaliam a saúde do grupo de usuários, identificam aqueles de maior risco, que poderiam se beneficiar de programas de atenção específicos. No futuro, caminhamos para ter um hub de informações do setor que possibilitem uma visão integral do indivíduo, com todos os elos da cadeia conectados — avalia Flávio Bitter, diretor-gerente da Bradesco Saúde.

Enquanto esse futuro não chega, as corporações — responsáveis por quase 70% dos contratos da saúde suplementar — têm sido as grandes indutoras de inclusão da tecnologia para análise dos dados do setor. Com 1,5 milhão de usuários de planos empresariais, a Mercer Marsh Benefícios acaba de ampliar sua plataforma de gestão, a MM Health.

Além de consultas médicas e exames, passarão a ser analisados por algoritmos atestados médicos, exames periódicos e resultados dos programas de gestão de saúde e qualidade de vida. Segundo Helder Valério, gerente de Gestão e Promoção de Saúde da Mercer Marsh Benefícios, ao identificar riscos e atuar preventivamente, a empresa conseguiu manter a curva de crescimento dos custos abaixo da inflação médica.

Nos próximos 12 meses, a Saúde Concièrge, criada para atuar na gestão de saúde exclusivamente para o segmento corporativo, vai investir R$ 2 milhões.

— Um banco de dados abrangente contribui, inclusive, na identificação de terapias adotadas em indivíduos de características semelhantes com eficiência. A partir do sexto mês de monitoramento é possível reduzir em 30% a sinistralidade (indicador de uso do plano) —diz João Paulo Oliveria, gestor de tecnologia da Saúde Concièrge.

CLIENTES EM CHILE E EUA

A ferramenta Meu BI, desenvolvida no Brasil para fazer a gestão de saúde de empresas de médio e grande porte,é a primeira do gênero da companhia inglesa Jardine Lloyd Thompson (JLT) — uma das maiores do mundo em gestão de risco. A solução, agora, será exportada para países como Estados Unidos, Chile e Argentina.

—Se o custo do tratamento é alto, ter um funcionário treinado afastado também é caro para a empresa — afirma Gabriela Agapito, diretora de Business Inteligence da JLT.

Fonte: O Globo




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