Com soluções inteligentes empresas lucram na crise
30/11/2018
Para passar ao largo da crise econômica e ainda crescer em ritmo acelerado, acima de 60% ao ano, três empreendimentos revelaram ao Valor o que fizeram para manter as contas no azul nos meses de recessão. Com atuação em ramos diferentes, como tecnologia e alimentação, apostaram em serviços sob demanda ou em tendências de mercado, como a digitalização de processos. A expectativa de crescimento continua em 2019.

A Sciensa, especializada em transformação digital, apresentou um aumento de 65% em volume de negócios em 2017 e deve crescer 50%, ao ano, até 2020, diz o CEO Felipe Oliveira. "Ajudamos empresas analógicas a se tornarem digitais", explica o empreendedor. "O compromisso é ser um parceiro dos clientes na criação de novas linhas de receita."

Com oito anos de mercado, 140 colaboradores e faturamento que em 2017 foi de R$ 35 milhões, a empresa tem intenção de alcançar em 2018 uma receita de R$ 52,5 milhões. Para isso, o plano inclui a ampliação dos serviços e um investimento de R$ 4,5 milhões em infraestrutura. A expansão internacional também está na agenda. "Já temos operações nos Estados Unidos e há estudos para uma filial em Portugal", afirma.
Segundo o executivo, a saúde financeira da Sciensa, ao longo da crise econômica, foi blindada por um crescimento orgânico, em que os clientes compraram mais serviços e novos contratos chegaram. Sem recorrer, até hoje, a dinheiro "de fora", a captação de investidores externos pode entrar em pauta a partir do segundo semestre de 2019, a fim de escalar o crescimento.

No próximo ano, a expectativa da empresa é investir cerca de R$ 15 milhões, montante três vezes maior do que o que foi aplicado em 2018. A verba será usada para criar uma nova empresa de marketing digital e soluções para bancos digitais, segmento que deve ser priorizado no futuro.

Na Omiexperience, fundada há cinco anos, o carro-chefe dos negócios é um sistema on-line de gestão para pequenas e médias empresas e contadores, com assinatura mensal. O empreendedor controla o negócio e pode autorizar o acesso do seu contador à plataforma, para fazer o balanço contábil. Custa a partir de R$ 39,90. "Os empresários ganham produtividade e os contadores têm mais agilidade nos fechamentos financeiros", afirma o CEO Marcelo Lombardo.

Com sede em São Paulo, a Omiexperience disseminou sua atuação por meio de 110 franquias, em todo o Brasil. Apresentou um crescimento médio de faturamento de 200%, ao ano, nos últimos três períodos, e ainda ganhou musculatura no número de funcionários - o quadro inflou mais de 300%, nos últimos dois anos. São cerca de 170 colaboradores e a meta é chegar a 400, até o final de 2019. Há mais de 60 posições em aberto, para vendas, marketing e atendimento a clientes.

"Entregamos um produto com aderência ao dia a dia do empreendedor", justifica. No último ano, foram gerados mais de R$ 33 bilhões em notas fiscais, dos usuários do sistema. Durante a crise, lembra o CEO, a estratégia foi inovar no produto, agregando recursos, como a oferta de crédito por meio da antecipação de recebíveis.

A empresa faturou R$ 17,8 milhões em 2017 e espera obter o dobro, em 2018. Para 2019, a ideia é lançar um sistema contábil na nuvem, com recursos de inteligência artificial. O investimento é de R$ 40 milhões e os primeiros módulos da ferramenta estão previstos para o primeiro trimestre. Em agosto, a Omiexperience recebeu um aporte de R$ 25 milhões, liderado pelo fundo de venture capital Astella Investimentos.

Sem investidores externos e bem distante do mundo da tecnologia, o empresário Márcio Brasil resolveu apostar na gastronomia para fugir da recessão. Ele abriu o primeiro restaurante da rede Zapata, de culinária mexicana, em 2007, iniciou o franqueamento da marca em 2013 e já soma três pontos próprios e quatro franquias - todas no Paraná. Duas outras lojas estão agendadas para 2019. "O formato da franquia, em que é possível customizar a refeição, atende vegetarianos e celíacos, o que atrai mais clientes", argumenta. Recentemente, a empresa contratou uma consultoria especializada em expansão de redes, para identificar novos investidores e espaços comerciais.

Edison Audi Kalaf, professor do MBA da escola de negócios Saint Paul, diz que empresas que oferecem serviços e produtos altamente diferenciados ganham vantagens sobre a concorrência. "A Sciensa pega carona na onda de transformação digital, a Omiexperiencel trabalha com companhias em geral mal atendidas pelos grandes fabricantes de sistemas de gestão, enquanto a Zapata aposta na expansão via franquias", explica. "Elas conseguiram apresentar soluções inteligentes mesmo com um mercado em crise."

Para passar ao largo da crise econômica e ainda crescer em ritmo acelerado, acima de 60% ao ano, três empreendimentos revelaram ao Valor o que fizeram para manter as contas no azul nos meses de recessão. Com atuação em ramos diferentes, como tecnologia e alimentação, apostaram em serviços sob demanda ou em tendências de mercado, como a digitalização de processos. A expectativa de crescimento continua em 2019.
A Sciensa, especializada em transformação digital, apresentou um aumento de 65% em volume de negócios em 2017 e deve crescer 50%, ao ano, até 2020, diz o CEO Felipe Oliveira. "Ajudamos empresas analógicas a se tornarem digitais", explica o empreendedor. "O compromisso é ser um parceiro dos clientes na criação de novas linhas de receita."
Com oito anos de mercado, 140 colaboradores e faturamento que em 2017 foi de R$ 35 milhões, a empresa tem intenção de alcançar em 2018 uma receita de R$ 52,5 milhões. Para isso, o plano inclui a ampliação dos serviços e um investimento de R$ 4,5 milhões em infraestrutura. A expansão internacional também está na agenda. "Já temos operações nos Estados Unidos e há estudos para uma filial em Portugal", afirma.
Segundo o executivo, a saúde financeira da Sciensa, ao longo da crise econômica, foi blindada por um crescimento orgânico, em que os clientes compraram mais serviços e novos contratos chegaram. Sem recorrer, até hoje, a dinheiro "de fora", a captação de investidores externos pode entrar em pauta a partir do segundo semestre de 2019, a fim de escalar o crescimento.
No próximo ano, a expectativa da empresa é investir cerca de R$ 15 milhões, montante três vezes maior do que o que foi aplicado em 2018. A verba será usada para criar uma nova empresa de marketing digital e soluções para bancos digitais, segmento que deve ser priorizado no futuro.

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Na Omiexperience, fundada há cinco anos, o carro-chefe dos negócios é um sistema on-line de gestão para pequenas e médias empresas e contadores, com assinatura mensal. O empreendedor controla o negócio e pode autorizar o acesso do seu contador à plataforma, para fazer o balanço contábil. Custa a partir de R$ 39,90. "Os empresários ganham produtividade e os contadores têm mais agilidade nos fechamentos financeiros", afirma o CEO Marcelo Lombardo.

Com sede em São Paulo, a Omiexperience disseminou sua atuação por meio de 110 franquias, em todo o Brasil. Apresentou um crescimento médio de faturamento de 200%, ao ano, nos últimos três períodos, e ainda ganhou musculatura no número de funcionários - o quadro inflou mais de 300%, nos últimos dois anos. São cerca de 170 colaboradores e a meta é chegar a 400, até o final de 2019. Há mais de 60 posições em aberto, para vendas, marketing e atendimento a clientes.

"Entregamos um produto com aderência ao dia a dia do empreendedor", justifica. No último ano, foram gerados mais de R$ 33 bilhões em notas fiscais, dos usuários do sistema. Durante a crise, lembra o CEO, a estratégia foi inovar no produto, agregando recursos, como a oferta de crédito por meio da antecipação de recebíveis.

A empresa faturou R$ 17,8 milhões em 2017 e espera obter o dobro, em 2018. Para 2019, a ideia é lançar um sistema contábil na nuvem, com recursos de inteligência artificial. O investimento é de R$ 40 milhões e os primeiros módulos da ferramenta estão previstos para o primeiro trimestre. Em agosto, a Omiexperience recebeu um aporte de R$ 25 milhões, liderado pelo fundo de venture capital Astella Investimentos.

Sem investidores externos e bem distante do mundo da tecnologia, o empresário Márcio Brasil resolveu apostar na gastronomia para fugir da recessão. Ele abriu o primeiro restaurante da rede Zapata, de culinária mexicana, em 2007, iniciou o franqueamento da marca em 2013 e já soma três pontos próprios e quatro franquias - todas no Paraná. Duas outras lojas estão agendadas para 2019. "O formato da franquia, em que é possível customizar a refeição, atende vegetarianos e celíacos, o que atrai mais clientes", argumenta. Recentemente, a empresa contratou uma consultoria especializada em expansão de redes, para identificar novos investidores e espaços comerciais.

Edison Audi Kalaf, professor do MBA da escola de negócios Saint Paul, diz que empresas que oferecem serviços e produtos altamente diferenciados ganham vantagens sobre a concorrência. "A Sciensa pega carona na onda de transformação digital, a Omiexperiencel trabalha com companhias em geral mal atendidas pelos grandes fabricantes de sistemas de gestão, enquanto a Zapata aposta na expansão via franquias", explica. "Elas conseguiram apresentar soluções inteligentes mesmo com um mercado em crise."
 
Fonte: Valor




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