País registra alta de parto cesariano
09/01/2019

O índice de cesáreas feitas no País voltou a aumentar em 2017, após dois anos em queda, mostram os dados do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos do Ministério da Saúde.

Um dos países campeões em número de cesarianas atualmente, o Brasil viu o porcentual desse tipo de partos somente aumentar entre 1999 e 2014, quando o índice chegou a 56,99% do total de partos.

Em 2015, com a promoção de ações para reduzir o número de cesáreas desnecessárias pelo Ministério da Saúde e pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), a taxa caiu para 55,48%. Em 2016, teve nova queda: 55,39%. E no ano seguinte, entretanto, o índice registrou leve alta e chegou a 55,67%.

O plano da enfermeira Juliana da Nóbrega Louro, de 31 anos, era de que o parto de sua primeira filha fosse normal. Mas Marcela, nascida em maio de 2017, chegou por meio de uma cesárea indicada pela obstetra. “Estava com 37 semanas e era um domingo. Fui fazer um ultrassom e o líquido amniótico estava baixo. A médica falou que era para eu ficar e fazer o parto. Não estava muito informada sobre isso e agora sei que não precisava ter sido assim. Ela nasceu bem, foi respeitoso, mas, hoje, não fico contente.”

Medidas. Para o ministério, a taxa de cesáreas não cresceu, mas, sim, manteve tendência de estabilização em 55%. O fenômeno de estabilização, conforme a pasta, é consequência de uma série de medidas tomadas pelo governo para reduzir as cesáreas sem necessidade, entre elas a criação da Rede Cegonha e de Casas de Parto Normal e maior presença de enfermeiras obstétrícas na hora do parto.

Já a ANS ressaltou que o índice de partos cesáreos nos planos de saúde caiu de 83,34% para 82,95% entre 2016 e 2017. A agência afirmou ainda que continua desenvolvendo o projeto Parto Adequado. Na atual fase da iniciativa, participam 137 hospitais privados, 25 hospitais públicos, 65 operadoras de planos de saúde e 73 hospitais parceiros, segunda a ANS.





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