Aumento da demanda por tratamento oftalmológico atrai investimentos
11/03/2019

 

O envelhecimento da população da América Latina atrai a atenção da indústria farmacêutica pelo potencial de crescimento da demanda principalmente de medicamentos em segmentos afetados por essa mudança demográfica.

“A área de oftalmologia tem um grande potencial de crescimento no continente, ficando atrás apenas de tratamentos para oncologia e diabetes. Com a população ficando mais idosa, a demanda vai crescer ainda mais no futuro”, afirma o vice-presidente da Mundipharma na América Latina, Hugo Saavedra.

A empresa firmou uma parceria com a Novartis para a comercialização de oito medicamentos da área oftalmológica. “São produtos fabricados pela Novartis e representam o início de uma expansão no Brasil e também na América Latina”, explica. O executivo afirma que o papel da Mundipharma será promover, comercializar e distribuir em território nacional os medicamentos para tratamentos de infecções oculares, conjuntivites e medicações pré e pós-cirúrgicas.

“Entramos na área de oftalmologia em 2016, focados em medicamentos voltados ao glaucoma.

A parceria foi firmada para expandirmos nosso portfólio”, esclarece.Saavedra conta que a área de oftalmologia tem 50% de representatividade para a Mundipharma na América Latina. “Vamos investir para incrementar nossa equipe de vendas em 30%. Esperemos que esse aumento de portfólio dobre nosso faturamento na área”, declara.

A Novartis possui duas unidades fabris no Brasil: em São Paulo (SP), onde produz medicamentos para o tratamento de glaucoma e pós-cirúrgicos, e em Cambé (PR), voltada para a fabricação de genéricos. No final do ano passado, a empresa divulgou planos de investir R$ 1 bilhão em estudos clínicos no Brasil até 2022.

Expectativas

Saavedra revela que a Mundipharma espera maior estabilidade econômica no Brasil em 2019. “Houve uma mudança no cenário politico, alguns setores ainda estão mudando, mas há mais clareza do que no ano passado, o que traz mais confiança para a empresa investir no País.

”Ele também espera menos variação do dólar. “A taxa de câmbio sempre é levada em conta no planejamento. No ano passado, vimos o impacto que essa instabilidade trouxe para quem faz importação.

Para 2019, entendo que essa situação será melhor.”O executivo explica que as diferentes alíquotas no imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e prestação de serviços (ICMS) nas unidades federativas do País trouxeram impacto para as atividades da empresa. “Em 2018, mudamos uma operação de São Paulo para Goiás. Temos que buscar onde estão as melhores oportunidades.

”Saavedra qualifica como positivo o ano de 2018. “Crescemos 20% no Brasil e tivemos melhora no desempenho de todas as áreas, com lançamentos de produtos.” Ele revela que a empresa tem a expectativa de registrar diversos medicamentos em função das necessidades causadas pelo envelhecimento populacional que ocorre na região. “Futuramente, vamos trazer esses produtos inovadores.

”Em entrevista recente ao DCI, o diretor de relações governamentais e comunicação corporativa da Novartis, João Sanches, também apontou um bom ano para a Novartis. “Crescemos o mesmo que o mercado, por volta de 10%. Considerando a situação econômica, 2018 foi muito bom”, avaliou o executivo.

Ele observou que o desempenho foi puxado pela introdução de novos produtos e revisão de alguns negócios. “As especialidades de destaque foram produtos para tratamento de artrite, psoríase, cardiovascular e alguns lançamentos de oncologia.” A empresa também tem perspectivas positivas para o próximo ano. “Vamos lançar vários produtos, entre eles um novo medicamento biológico para a prevenção de enxaqueca.”

Fonte: DCI




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