Saúde Privada ganha investimentos de R$ 1,3 bilhão
11/03/2019

HOSPITAIS APOSTAM em tecnologia e na ampliação de espaços para atender pacientes de planos de saúde e aqueles que pagam integralmente

Passado o ponto mais crítico da crise econômica, o setor privado de saúde respira melhor. O ano de 2019 evidenciará ainda mais um momento marcado por investimentos em hospitais e centros de baixa, média e alta complexidades, com aposta na descentralização, no conforto e no acesso aos benefícios de novas tecnologias para pacientes e médicos e também pela movimentação indireta que obras de portes variados representam no cenário local, gerando trabalho e renda.

Na Grande Porto Alegre, alguns dos principais projetos, muitos deles quase concluídos ou em andamento, somam mais de R$ 1,3 bilhão, quantia a ser aplicada, em até cinco anos, na construção e na comercialização de prédios, na ampliação de estruturas já existentes e na aquisição de equipamentos. Também chama atenção o intercâmbio profissional e científico, a partir de parcerias estabelecidas com instituições de referência no Brasil e no Exterior.

É para atender à fatia de público dos beneficiários de convênios médicos, acrescida dos pacientes que pagam integralmente pelos serviços utilizados, que vêm aparecendo novidades. As fontes de financiamento envolvem parcerias entre instituições filantrópicas e empresas, capital próprio de sócios, crédito de bancos públicos e privados e doações. O pacote inclui instituições tradicionais de saúde, como o Hospital Moinhos de Vento e o Hospital Mãe de Deus, e novos empreendimentos, como o Blanc Medplex Hospital.

Conheça, a seguir, os principais projetos em desenvolvimento e previstos para o futuro próximo na Grande Porto Alegre.

Estímulo para o crescimento do setor

Ary Ribeiro, vice-presidente do conselho de administração da Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp), avalia que o (mau) humor da economia afetou a saúde privada no Brasil. Porém, mesmo com a queda no número de beneficiários dos planos de saúde – e mais: o rebaixamento de funcionários a planos “piores” -, além da redução da taxa de crescimento da demanda dos hospitais, o setor não sofreu tanto quanto outros por ser a saúde um importante bem de consumo.

– Os hospitais privados ocuparam a segunda posição entre os principais geradores de emprego no país durante a crise – informa Ribeiro, médico cardiologista e superintendente de serviços ambulatoriais e comercial do Hospital do Coração de São Paulo (HCor).

Ribeiro acredita que o momento atual é de revisão de possibilidades de investimento e crescimento para um cenário futuro mais promissor, ainda que em patamares não muito elevados. Apesar da perda de 3 milhões de usuários de planos de saúde, a interrupção nessa queda, atestada pelo balanço da ANS em 2018, significa certo alívio.

– Isso estimula hospitais a fazerem investimentos no crescimento da sua capacidade de atendimento, de acordo com a estratégia de cada um. Existem instituições que têm estratégia mais agressiva e outras menos. Isso é muito variável de instituição para instituição e entre mercados regionais – comenta Ribeiro. – Se você está investindo em construção, aquisição de equipamentos, tudo que é necessário para botar de pé unidades prestadoras de serviços de saúde, está contribuindo para a roda da economia girar. A retomada econômica significa acesso.

Ele destaca ainda que os usuários ganham uma oportunidade de ingresso no sistema de saúde suplementar através do benefício das empresas:

– O setor de saúde, com seus investimentos, é uma parte da contribuição na retomada. A geração do emprego e a nossa capacidade de entregar um bom serviço, com uma relação adequada entre a qualidade e o custo, vai fazer com que o indivíduo se beneficie.

Fonte: Anahp




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