Sem regulamentação, telemedicina tem forte demanda do mercado
26/04/2019

Apesar de a regulamentação da telemedicina ter sido barrada em fevereiro, há uma demanda de empresas, hospitais e operadoras de planos de saúde que estão contratando serviços de atendimento médico a distância.

A Conexa Saúde, uma clínica de telemedicina fundada há dois anos no Rio para atender pessoa física, fechou contrato com vários grupos como Cacau Show, Fox Sport, Liberty Seguros, Dasa, SegMedic, Itaú e Qualirede que oferecem telemedicina para seus funcionários. A Conexa Saúde também está trabalhando com os hospitais Santa Joana, HCor e Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo, que podem acessar a plataforma formada por cerca de 1,5 mil profissionais de cerca de 20 especialidades médicas.

“As empresas estão buscando a telemedicina porque ela ajuda a reduzir os custos do plano de saúde ao evitar uma ida desnecessária ao pronto-socorro”, disse Guilherme Weigert, presidente da Conexa Saúde, que prevê encerrar o próximo ano com uma receita de R$ 15 milhões.

Operadoras de planos de saúde como Amil, Omint, SulAmérica, Bradesco Saúde, Unimed, entre outras, estão pagando os atendimentos on-line dos funcionários dessas empresas ou dos pacientes que realizam suas consultas diretamente no consultório. Os atendimentos com especialistas são realizados em conjunto com um clínico geral ou médico do trabalho das empresas, uma vez que a legislação no Brasil não permite que a telemedicina seja feita só com os especialistas.

Em fevereiro, o Conselho Federal de Medicina (CFM) publicou uma medida para regulamentar a telemedicina no país. No entanto, houve uma forte resistência da comunidade médica e a regulamentação caiu em poucas semanas. Diante dessa situação, a Conexa Saúde montou um conselho de médicos renomados para promover o atendimento médico a distância, prática já muito difundida nos Estados Unidos.

O conselho médico da Conexa Saúde é formado por Ben-Hur Ferraz Neto, cirurgião especializado em transplante de fígado, Claudio Domênico, coordenador do Hospital Pro-Cardíaco, e Otávio Gebara, médico superintendente do Hospital Santa Paula, que também são sócios do negócio. “Esse grupo de médicos vai nos ajudar a promover e explicar melhor a telemedicina. Na época da regulamentação, houve muita informação desencontrada”, disse Fernando Domingues, fundador e presidente do conselho da Conexa Saúde.

Fernando é filho de Romeu Domingues, presidente do conselho da rede de medicina diagnóstica Dasa, conhecido por um trabalho bem-sucedido de relacionamento com a comunidade médica. Em 2010, o Delboni Auriemo, uma das principais marcas da Dasa, enfrentava forte resistência dos médicos.

Fonte: Valor




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