Inicia cultivo de ervas medicinais para introdução de fitoterápicos na rede pública de saúde
10/05/2019

Foram plantadas 148 mudas de três espécies de plantas medicinais: Gengibre, Cidreira e Cumaruzinho.

Iniciado plantio de mudas de ervas medicionais para introdução de fitoterápicos nas unidades de saúde do SUS — Foto: Agência Santarém/Divulgação Iniciado plantio de mudas de ervas medicionais para introdução de fitoterápicos nas unidades de saúde do SUS .

O projeto Arranjo Produtivo Local (APL), da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), iniciou na manhã desta quinta-feira (9), a etapa de plantio de ervas medicinais para o cultivo de fitoterápicos no município de Santarém, oeste do Pará.

Foram plantadas 148 mudas de três espécies de plantas medicinais: Gengibre, Cidreira e Cumaruzinho, no Centro de Recuperação Silvio Hall de Moura (Crashm), na comunidade de Cucurunã. A equipe do APL vem contando com o apoio de 5 internos que ajudam no desenvolvimento do projeto. “Através dessa parceria com o Centro de Recuperação Silvio Hall de Moura, o projeto vem aliando o cultivo de plantas medicinais, ajudando na ressocialização desses internos”, explicou.

O APL Fito, como é chamado o projeto, faz parte da Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos do Ministério da Saúde. Implantado no município pela Semsa, tem por objetivo a produção de plantas medicinais, dando início ao processo de produção e introdução de medicamentos, drogas vegetais e fitoterápicos no Sistema Único de saúde (SUS) em Santarém.

Trata-se de uma nova modalidade do SUS que retoma uma cultura tradicional da região que utilizava a cura por meio das plantas, já que o Pará é o estado brasileiro que possui o maior número de plantas com propriedades medicinais. O uso de plantas no tratamento e cura de doenças é usada há bastante tempo por farmácias de manipulação, devido a eficácia e rapidez do efeito terapêutico.

Segundo a coordenadora do projeto APL Fito, Conceição Menezes, as plantas medicinais cultivadas servirão de matéria-prima para a produção dos medicamentos fitoterápicos. Uma vez beneficiados, os insumos serão utilizados na produção de fitoterápicos que serão distribuídos pelo SUS através de Unidades Básicas de Saúde, bem como comercializados sob a forma de produtos orgânicos à base de plantas medicinais.

Ela informou que na penitenciária devem ser implantadas três unidades fixas de produção. Em um momento posterior o projeto ainda será expandido para Alter do Chão e São Braz (no Eixo Forte) e terá também uma unidade no bairro Mapiri (na zona urbana). Serão produzidas nessas unidades as seguintes plantas medicinais: cumaruzinho, gengibre, unha-de-gato, capim-limão, babosa e erva-cidreira.
Vantagens
De acordo com Conceição Menezes o cultivo de plantas medicinais e o seu beneficiamento traz uma série de vantagens. Uma delas é o uso das ervas em tratamento terapêutico alternativo de qualidade, além da geração de renda complementar a partir da produção de outros produtos por meio da capacitação de agricultores e comunitários das localidades envolvidas, como é o caso dos internos do Crashm.

“No geral, o APL Fito visa facilitar o acesso dos usuários do SUS a medicamentos fitoterápicos de qualidade, aperfeiçoando a assistência farmacêutica municipal conforme os princípios e diretrizes do SUS, além de estimular o desenvolvimento econômico e social dos produtores locais”, disse.

As próximas etapas contemplam a instalação do laboratório para a confecção dos medicamentos e, em seguida, a dispensação dos fitoterápicos para o tratamento de pacientes atendidos pelo SUS.

Com o laboratório instalado, o projeto APL Fito pretende produzir xaropes, pomadas e cápsulas para fazer o tratamento com uma medicação mais aproximada do alopático, ou seja, que se aproxime mais dos medicamentos que a maioria das pessoas já conhece e que fazem parte da medicina tradicional. Com isso, fica mais fácil do paciente aderir e dos médicos prescreverem os medicamentos naturais.

Fonte: G1




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