Há poucos oncologistas para as necessidades do país
16/05/2019

Avanços na tecnologia e aumento de cânceres fizeram com que tratamento da doença virasse especialidade
Para os 210 milhões de brasileiros há somente 3.500 médicos especializados em oncologia, segundo comunicado da SBOC (Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica).

Há pouco mais de 60 anos, os pacientes com diferentes tipos de câncer eram tratados por clínicos ou cirurgiões em ambulatórios ou hospitais gerais.

Somente em 1953 foi inaugurado em São Paulo o Hospital A.C.Camargo, o primeiro a dedicar-se prioritariamente a pacientes com câncer. Seu fundador e primeiro diretor foi o professor Antonio Prudente, titular da disciplina de cirurgia plástica da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) e também um dos fundadores dessa escola médica.
Avanços na tecnologia médica facilitaram o diagnóstico precoce do câncer e importantes inovações no seu tratamento permitiram maior visibilidade para essa área médica.

Os resultados foram a evolução da oncologia para especialidade e a instituição de várias residências médicas para a adequada formação de novos especialistas. Mesmo assim, o número de especialistas está abaixo das necessidades do país.

Recentemente, um novo programa de residência médica em oncologia clínica, elaborado pela SBOC, foi publicado no Diário Oficial da União e será válido para todo o país, com implementação gradual até 2021.

Para o médico Sérgio Simon, presidente da SBOC, a prioridade do programa da residência médica em oncologia clínica é promover o que há de mais avançado na área, visando a melhor formação dos médicos.

São áreas de conhecimento específico, consideradas fundamentais pela SBOC para o atendimento de pacientes portadores de câncer, como a biologia molecular, a genômica tumoral e a oncogenética.

Julio Abramczyk

Médico, vencedor dos prêmios Esso (Informação Científica) e J. Reis de Divulgação Científica (CNPq).





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