De acordo com informações da Agência Internacional para a Pesquisa sobre câncer (IARC, na sigla em inglês), publicadas em 2019, uma em cada seis mulheres desenvolvem câncer de pulmão no mundo. Ainda, segundo o relatório,o câncer de pulmão é a principal causa de morte para homens e mulheres em 28 países. Ou seja, a doença abrange todos os gêneros.
“A situação para as mulheres mostra uma evolução do número de casos de cânceres do pulmão. O aumento da incidência é 5,3% por ano, um sinal alarmante que tem uma ligação direta com a exposição ao tabaco”, alerta o epidemiologista Gautier Defossez, coordenador de uma pesquisa publicada em julho pelo Instituto Nacional do Câncer e de Saúde Pública na França.
Apesar da doença não estar no topo das estatísticas do Brasil, assim como o câncer de mama, há um aumento número de casos do câncer do pulmão feminino no país. O oncologista Rodrigo Munhoz, do hospital Sírio Libanês explica que este crescimento está relacionado ao hábito do tabagismo.
O estudo ressalta a importância de conscientizar a população mundial sobre como modo de vida pode aumentar as chances de adquirir o câncer de pulmão. Ainda, de acordo com o relatório, estes riscos incluem o tabagismo e a exposição passiva ao cigarro, ou seja,o contato indireto com a fumaça.
Tratamentos para câncer de pulmão no Brasil
Mesmo com o aumento da incidência da doença nas estatísticas, nota-se certa evolução nos tratamentos do câncer de pulmão, como a Imunoterapia, que promete melhorar a sobrevida dos pacientes. Contudo esta é uma realidade restrita aos países desenvolvidos.
“Infelizmente em países em desenvolvimento, essa reversão na mortalidade não é universal”, diz. “O Brasil infelizmente ainda é um pais muito heterogêneo”, ressalta o oncologista brasileiro. Ele completa que, no país, a imunoterapia é incomum, e reservado a quem tem plano de saúde.