Startup revoluciona aprendizado do corpo humano em faculdades de medicina
27/08/2019

MedRoom une teoria e prática no ensino de futuros médicos, usando Realidade Virtual para treinamentos e simulações de emergências

A anatomia do corpo humano foi reproduzida por uma startup brasileira, por meio dos óculos de Realidade Virtual (VR), para ensinar além de fotos, falas e cadáveres. Com a tecnologia desenvolvida pela MedRoom, edtech que usa VR e conceitos de gamificação no treinamento de alunos de faculdades de medicina, os estudantes podem analisar individualmente, e com fidelidade, os órgãos de uma paciente virtual e ver a estrutura anatômica da paciente de forma realista, além de interagir com os órgãos.

“Nosso objetivo é ajudar o estudante a consolidar o conhecimento teórico para chegar melhor preparado à prática. Por isso é interessante usar os equipamentos de VR, ali se aprende em um ambiente controlado, com uma experiência gamificada e guiada pelo professor”, explica Vinicius Gusmão, CEO da MedRoom.

Hoje, a startup conta com um time de 25 pessoas e já instalou laboratórios virtuais em universidades como Medicina Albert Einstein, Faculdade Pernambucana de Saúde, Faminas e Unifaminas, além de duas faculdades mexicanas. O objetivo da empresa é expandir e chegar a, pelo menos, 30 faculdades de medicina brasileiras até 2021 e aumentar o faturamento para R$5 milhões até o final de 2019.

Para além de estudos sobre o corpo humano, a solução da MedRoom pode ser utilizada para quem treina atendimentos emergenciais, sem colocar uma vida em risco. Por meio de um projeto imersivo criado juntamente com a CMOS DRAKE, empresa referência na produção de desfibriladores cardiovasculares (DEA), os alunos simulam circunstâncias que requerem a ressuscitação cardiopulmonar (RCP). A captação de movimento e desenvolvimento da simulação foi toda realizada e construída pela equipe da startup em seu escritório.

Segundo Vinícius Gusmão, o potencial de exploração das experiências são infinitas. Pensando no futuro, o empreendedor conta que a startup pretende desenvolver novas simulações com casos clínicos.

“No futuro, os alunos vão conseguir treinar como receber e conversar com pacientes, examiná-los, fazer o diagnóstico, decidir quais procedimentos ou medidas tomar e, por fim, chegar à realização do procedimento de fato”, ressalta.

As edtechs representam 7,8% do total de startups no Brasil, crescendo em média 20% ao ano, segundo dados da Associação Brasileira de Startups (Abstartups) com o Centro de Inovação para a Educação Brasileira (Cieb). Dentre diversas ramificações de atuação, a MedRoom se destaca por olhar para o Ensino Superior. Muitos estudantes de medicina hoje não têm contato com órgãos reais, apenas se escolherem a carreira cirúrgica. Para tornar o acesso ao estudo do corpo e suas especificidades mais democrático e real – sem a necessidade de cadáveres em aula – a startup reproduz cada centímetro com perfeição. É possível, inclusive, isolar sistemas, ossos, músculos e órgãos individualmente para conhecê-los melhor.

“Pensamos muito no professor em cada avanço que fazemos com o Atrium. Nossa solução permite que o professores incrementem suas aulas e unam sua expertise e conhecimento com nossa solução. Desde o estudo de anatomia e fisiologia no corpo virtual, podendo gerar novos conteúdos através de um criador de aula na web, onde é possível colocar exames de imagem, vídeos e testes”, explica Sandro Nhaia, CTO e sócio-fundador da startup.

Sobre a MedRoom: 
MedRoom aplica a imersão da tecnologia de realidade virtual (VR, do inglês virtual reality), junto a estratégias de gamificação para criar experiências destinadas a educação em saúde para faculdades e institutos de ensino. Por meio de um espaço digital, os estudantes podem analisar profundamente a anatomia e a fisiologia do corpo humano, visualizando cada órgão ou estrutura para entender as correlações entre eles.

Sobre os sócios da MedRoom:
A ideia da startup começou com Sandro Nhaia, especialista em computação gráfica com experiência no desenvolvimento de animações e jogos. Ele integrou a equipe do projeto Homem Virtual, da faculdade de medicina da Universidade de São Paulo de 2004 a 2008, que usava imagens tridimensionais e animações no ensino da Medicina. Ele conheceu Vinicius Gusmão, que é graduando em biologia e tinha experiência com healthtechs, em um Started Weekend, em 2015, e juntos enxergaram a oportunidade do negócio após verem que existia um gap enorme entre a teoria e a prática nas universidades. Então, em 2016 apresentaram o projeto para o Hospital Albert Einsten, que se tornou parceiro da empresa e passou a investir no desenvolvimento do projeto, junto com a aceleradora Grow+, que já trabalhava com a MedRoom.





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