Transformação digital na saúde vai dar protagonismo ao paciente e deixar atendimentos mais seguros, afirma especialista
04/09/2019

A digitalização na área da saúde vai colocar o paciente no centro das atenções, assim como aconteceu em outras indústrias que passaram pela transformação digital, é o que afirma o médico Rodrigo Teixeira, empreendedor e mentor de startups. Segundo o profissional, a tecnologia pode tornar a saúde mais acessível, possibilitar tratamentos mais seguros e atendimentos personalizados. Rodrigo ressalta ainda que é possível utilizar as tecnologias como ferramentas facilitadoras e ainda manter o setor sustentável. A discussão será feita durante o 22º Congresso Internacional UNIDAS.

“A tecnologia será complemento para as habilidades dos médicos e equipe multidisciplinar, automatizando tarefas como a coleta e verificação de dados, para que os profissionais possam dedicar mais tempo ao lado dos pacientes.
A digitalização vai tornar saúde mais conveniente e acessível para os pacientes, ampliando para estes as opções de escolha”, afirma Rodrigo.

Para o médico, o momento da saúde suplementar no país, que vem perdendo beneficiários, e das autogestões, que não têm fins lucrativos, exige uma reflexão sobre sustentabilidade financeira. De acordo com Rodrigo, o crescimento nos custos da saúde é alavancado principalmente pelo envelhecimento populacional, introdução de novas tecnologias e aumento da prevalência de doenças crônicas. “É necessário mudar o foco atual de ‘tratar as doenças’ para ‘promover saúde’ por meio de investimentos em prevenção, bem-estar, além da detecção e intervenção precoce, que pode mudar o curso de algumas patologias”, afirma.

Os gastos com saúde no Brasil ficam acima da inflação todos os anos, o que dificulta o acesso de grande parte da população à saúde de qualidade, além disso, os serviços da área não estão distribuídos de maneira justa. O médico considera que a inovação, tanto tecnológica, quanto de modelo de negócio, é a alternativa mais viável para eliminar desperdícios, ampliar o acesso à saúde de qualidade e ainda reduzir custos.

Durante sua apresentação, o médico vai expor como o uso de telemedicina, Internet das coisas (IoT) e a Inteligência Artificial podem ser benéficos na prevenção e no tratamento de doenças crônicas. Além de mostrar que as tecnologias podem ser acessíveis e aplicadas ao dia a dia, tanto das autogestões, quanto do setor; que o risco de não agir, ou ficar na inércia, é igual ou maior do que o de inovar; e levantar reflexões sobre o que os profissionais estão fazendo para impactar o mercado.

Sobre a UNIDAS

A UNIDAS – União Nacional das Instituições de Autogestão em Saúde é uma entidade associativa sem fins lucrativos, representante das operadoras de autogestão do Brasil. A autogestão em saúde é o segmento da saúde suplementar em que a própria instituição é a responsável pela administração do plano de assistência à saúde oferecido aos seus empregados, servidores ou associados e respectivos dependentes. É administrado pela área de Recursos Humanos das empresas ou por meio de uma Fundação, Associação ou Caixa de Assistência – e não tem fins lucrativos. Atualmente, a UNIDAS congrega cerca de 120 operadoras de autogestão responsáveis por prestar assistência a quase 5 milhões de beneficiários, que correspondem a 11% do total de vidas do setor de saúde suplementar. É entidade acreditadora chancelada pelo QUALISS, da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), por meio do programa UNIPLUS





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