Telemedicina
04/12/2019

No último dia 29 de novembro, a Comissão de Seguridade Social promoveu uma audiência pública a pedido da deputada Adriana Ventura (Novo-SP) para debater sobre a regulamentação da telemedicina no Brasil.

Médicos e representantes acadêmicos e de instituições médicas tiveram a oportunidade de pontuar a importância da telemedicina para a saúde populacional. Participaram do debate Jefferson Gomes Fernandes, presidente do Conselho Curador do Global Summit Telemedicine & Digital Health, representando a Associação Paulista de Medicina (APM); Chao Lung Wen (USP), Carlos Aita Schmitz (UFRGS); Luiz Ary Messina (RUTE/RNP) e Luis Antonio Ribeiro (UFMG).

Segundo Adriana Ventura, o objetivo do requerimento da audiência pública sobre telemedicina foi o de fomentar a discussão em torno da tecnologia e como ela pode contribuir na prestação de serviços à saúde, diminuindo distância, permitindo o acesso à população e diagnósticos mais precisos, bem como conectar entes e ajudar no tratamento e prevenção da saúde.

“Essa comissão têm muitos médicos e eles trazem pontos significantes e eu acho importante pontuar que todos façam seus comentários para que possamos aproveitar tudo o que a telemedicina traz de bom e também construir algo que favoreça a saúde e que beneficie o paciente no centro da atenção”, ressalta a deputada.

Entre os principais pontos abordados durante a sessão, a deputada questionou a opinião dos convidados com relação aos motivos da resistência por parte de alguns médicos em aceitar a telemedicina.

“Parte desta resistência de um segmento da classe médica está no desconhecimento dos benefícios e de como utilizar a telemedicina na prática médica. Preconizamos uma telemedicina responsável, ou seja, feita com ética, segurança e qualidade e conhecendo, além dos seus benefícios, suas limitações. Esta tecnologia é complementar aos cuidados presenciais, e já é realizada em muitos países, tanto na saúde pública quanto privada”, ressalta o médico neurologista Jefferson Fernandes, para quem o novo e as mudanças podem gerar preocupações, mas, na opinião do médico neurologista, a carreira médica pode ser alavancada com a telemedicina, como já acontece em outros países e mesmo no Brasil.

“Fazer telemedicina não é uma obrigação, é um desejo, seja do médico que queira usar essa tecnologia e do paciente, que gostaria de ser atendido dessa forma, então não é uma obrigatoriedade”, lembra o médico representante da APM.

Para todos os participantes da audiência pública, foi unanimidade a urgência da regulamentação de uma telemedicina ética, capaz de contribuir para a saúde populacional com a possibilidade de ampliar e melhorar a qualidade assistencial.

“Eu acredito que o mais importante é a saúde do cidadão e das populações. Nós devemos priorizar essa questão, que tem que estar à frente de qualquer outra, porque uma vez fazendo isso, nós podemos chegar a um equilíbrio entre o que é necessário e o que pode ser feito para os profissionais que atuam nessa área e principalmente para os médicos”, reforçou.

A deputada Adriana Ventura reiterou ao fim da audiência, que essa é a segunda rodada de conversas, com o objetivo de ouvir todas as partes envolvidas e interessadas em telemedicina e que a primeira audiência pública realizada no dia 5 de novembro, contou com a participação do CFM e outras associações médicas.





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