Stefanini prevê até cinco aquisições
11/12/2019

Depois de três anos com um ritmo mais lento de aquisições, a empresa de serviços e tecnologia brasileira Stefanini pretende retomar as compras em 2020. 

 Segundo Marco Stefanini, fundador e presidente da companhia, entre quatro e cinco operações devem ser fechadas no ano que vem. “Estamos em negociações avançadas com três empresas, com conclusão prevista para o primeiro trimestre”, disse, durante encontro com jornalistas na sede da companhia em São Paulo. 

De acordo com ele, a companhia, que já fez mais de 20 aquisições, tem buscado novos negócios no Brasil e também fora. O objetivo é fortalecer a atuação da companhia no que ele classifica como ofertas digitais - basicamente, tudo que não é vendido no modelo tradicional de desenvolvimento de sistemas para outras empresas, a chamada fábrica de softwarware. 

Segundo Stefanini, a área digital - que tem como foco as áreas de tecnologia, bancos, inteligência artificial e análise de dados, indústria 4.0 e marketing digital e desenvolvimento de projetos usando metodologias ágeis - respondeu por quase um terço das vendas da companhia em 2019, ou algo perto de R$ 1 bilhão. A expectativa é que em três anos metade dos negócios da companhia estejam debaixo desse guarda-chuva. “São iniciativas que até pouco tempo atrás eram consideradas ‘patinhos feios’, mas que agora estão se mostrando apostas acertadas”, disse. 

A Stefanini espera fechar o ano com receita de R$ 3,3 bilhões, um crescimento de 10% em relação a 2018. O avanço será puxado pelo crescimento das ofertas digitais, que avançaram 35%, com destaque para o Brasil. 

De acordo com o empresário, essas ofertas permitem à companhia atender clientes de menor porte, como bancos médios e fintechs, não apenas grandes grupos como fazia até agora, o que ajuda a acelerar o crescimento. 

 Para 2020, Stefanini disse acreditar que o crescimento pode ser maior que os 10% de 2019, puxado pela melhora da economia no Brasil e pelo avanço do digital nas operações internacionais. Hoje, mais da metade da receita da companhia vem das operações que ela mantém em 41 países. A empresa tem mais de 25 mil funcionários e atende 830 clientes. 

Durante o evento de ontem, o empresário comentou também a proposta de criação de imposto único prevista na reforma tributária do Congresso. Segundo ele, a ideia penaliza setores que mais empregam como serviços e varejo. Na avaliação dele, a indústria vai acabar pagando menos impostos, já que a tributação ocorre entre a diferença de receita e o cust 

“O que vai acontecer é que o setor que emprega mais vai pagar a conta do que emprega menos”, disse. Para ele, a proposta do Executivo faz mais sentido. 

  

Fonte: Valor




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