Startups que alcançam a avaliação de US$ 1 bi ou mais por uma agência de capital de risco são batizadas de unicórnio. Presentes no nosso dia-a-dia, Uber, Airbnb e Spotify são apenas alguns exemplos1.
Em 2013, quando o termo unicórnio surgiu, havia apenas 39 deles no mundo. Sete anos depois, já não são mais tão raros assim e a TechCrunch Unicorn Leaderboard mapeou mais de 500 até a publicação desta matéria. A complexidade do setor, a regulamentação pesada, a concorrência sem fins lucrativos e a reputação de resistência à mudança são alguns dos motivos para que apenas uma pequena parcela deste número corresponda a unicórnios no mercado de saúde2.
O Brasil foi o terceiro país com maior número de novos unicórnios em 2019, atrás apenas de EUA, China e empatado com Alemanha. E pela primeira vez uma health tech está em nossa lista: a Gympass. Em seu último aporte, a plataforma corporativa de atividades físicas captou US$ 300 mi de investimentos e conquistou este título3.
O número de unicórnios surgidos em 2019 (142 empresas) foi menor que 2018 (158) e maior que 2017 (102). O total arrecadado por eles, entretanto, foi o menor dos três últimos anos: US$ 85,1 bi em 2019 comparado com US$ 139 bi em 2018 e US$ 92,8 bi em 2017.
Das seis startups que se tornaram unicórnio e fizeram IPO em 2019, três são da saúde: 10X Genomics (plataforma de genômica), Vir Biotechnology (reúne inovações de ponta com conhecimento e gerenciamento científicos) e Health Catalyst (plataforma tecnológica que organiza e vincula dados relacionados à saúde de diferentes sistemas e os disponibiliza para todos os usuários)4.
O site Fleximize mensura o tempo que uma startup demora para virar um unicórnio: a média é 5,5 anos. A saúde não está entre os mais rápidos. “É um comprometimento [do investidor] de 10 a 20 anos para a área da saúde”, diz Reshma Sahoni, sócia fundadora do Seedcamp, em sua entrevista em Building unicorns in Europe (Construindo unicórnios na europa, em português) para a Harvard Business Review.
O que podemos observar é que os fundos internacionais bilionários estão cada vez mais atentos à América Latina e parece provável que rodadas grandes serão cada vez mais comuns por aqui5. Se os unicórnios vão prosperar e serão sustentáveis no longo prazo, só o tempo dirá.
Quem são e o que fazem os 10 maiores unicórnios em saúde?
Empresa – Avaliação (em bilhões de dólares) – País de origem – O que faz