Tratamentos odontológicos de alta tecnologia estão mais baratos
27/01/2020

A Odontologia experimenta um momento de ascensão. Nos últimos anos, o setor faturou mais de R$ 38 bilhões, de acordo com dados do Conselho Federal de Odontologia (CFO). Para o dentista Gustavo Menegucci, esse crescimento se dá tanto pelos preços mais acessíveis, quanto pela mudança de comportamento dos pacientes, que hoje se preocupam mais com a saúde bucal e com a aparência. De acordo com pesquisa realizada pelo SPC Brasil, Serviço de Proteção ao Crédito, a estética é considerada uma necessidade e não um luxo para 66% dos entrevistados.

O dentista aponta que a maior aderência por parte dos planos de Saúde também tem impulsionado investimentos e barateado tratamentos. Segundo a Agência Nacional de Saúde (ANS), o número de beneficiários de plano com cobertura odontológica vem crescendo em torno de 25% desde 2014, um recorde que já atinge 25,3 milhões de pacientes.

Especialista no tratamento ortodôntico Invisalign – aparelho dentário que usa de alinhadores transparentes para corrigir a posição dos dentes-, Menegucci conta que aumentou o número de pessoas que procuram a clínica em busca do tratamento, que há poucos anos só estava disponível para pessoas de alto poder aquisitivo. “Era uma tecnologia voltada para o público AA, pois os programas e todo o aparato necessário para esse tratamento vinha de fora, inclusive os alinhadores”.

Com o desenvolvimento de tecnologia nacional e a importação de aparelhos, o processo se tornou menos burocrático e mais fácil. “Isso colocou o paciente mais próximo da tecnologia. Hoje ele pode conhecer o aparelho Invisalign pessoalmente, assim como o scanner que simula o resultado. Inclusive, a simulação permite que o paciente confie em algo novo, que era nosso maior receio”.

O dentista acredita que a tecnologia, em poucos anos, será o padrão adotado para tratamentos ortodônticos, substituindo os tradicionais aparelhos de bráquetes. Mas, para isso, é necessário que os pacientes tenham esse tratamento como opção, o que ainda não é realidade nas clínicas. “Apesar de revolucionária, a técnica ainda não é democratizada no Brasil, mas podemos sim falar em crescimento na procura e no barateamento do preço.”

Em comparação com os aparelhos de bráquetes, o Invisalign já tem o valor bem próximo ao dos aparelhos tradicionais. Outra vantagem é que ele não é fixo. Mas os benefícios não param por aí: “Podemos reduzir o tempo de uso e acelerar os resultados em até 4 vezes”, defende Menegucci.

Apesar dos avanços, Menegucci defende que o caminho para que o acesso a esses tratamentos seja universal é longo e necessita de políticas públicas efetivas, já que 11% da população brasileira, segundo o IBGE, nunca visitou um dentista. Esse cenário é ainda mais preocupante quando se analisa que 8 milhões de pessoas com mais de 30 anos já usam prótese e três a cada quatro idosos não possuem nenhum dente.





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