Exame feito em embriões evita doenças na família
30/01/2020

O futuro da medicina também passa pelo sequenciamento genético de embriões – ou seja, pela leitura dos genes ainda na fase embrionária. Uma das aplicações dessa técnica já disponível é no tratamento da infertilidade, no caso de mulheres que sofrem abortos de repetição – problema geralmente causado por síndromes genéticas.

Funciona da seguinte forma: o casal realiza uma fertilização in vitro (recolhem-se óvulos e espermatozoides para a fecundação), e os embriões resultantes têm o seu genoma sequenciado. Assim, os médicos identificam quais deles têm ou não a síndrome. Os embriões saudáveis são implantados, e os demais ficam guardados. “Dessa forma, consigo aumentar a taxa de sucesso do ciclo de fertilização e fazer com que uma mulher que tem aborto de repetição consiga engravidar”, afirma Gustavo Campana, diretor médico da Dasa.

Outro pilar do sequenciamento embrionário é a eliminação de doenças genéticas dentro da linhagem familiar. Ele pode ser aplicado quando pai e mãe são portadores heterozigotos – ambos têm um gene que, se passado para a criança pelas duas partes, resultará em uma doença. A chance de ter um filho doente, em casais como esse, é de 25%.

Para impedir que isso aconteça, os embriões do casal (também gerados por fertilização in vitro) são sequenciados, e somente aqueles sem os genes alterados são implementados. “Dessa forma, eu tiro uma doença da minha linhagem familiar. São doenças que costumam ser incapacitantes e têm um impacto muito grande para toda a família”, resume Campana.





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