Aluguel de equipamentos hospitalares pode fazer a diferença durante pandemia de coronavírus
24/03/2020

Escrevo este artigo no 21º dia desde a divulgação do primeiro caso de coronavírus no Brasil. As políticas públicas começam a se intensificar e vemos decretos restringindo o funcionamento de diversos estabelecimentos, como restaurantes, shoppings centers, hotéis, entre muitos outros. Na saúde, a orientação é que as pessoas fiquem em casa sempre que possível e, caso apresentem sintomas da covid-19, façam inicialmente uma triagem por telefone, antes de ir para o pronto-atendimento. Mesmo com todas as medidas estima-se que até o dia 26 de março, o Brasil tenha um total de 3,7 mil casos da doença confirmados.

A previsão é sinônimo de que as instituições de saúde precisarão aumentar consideravelmente sua capacidade de atendimento. Ciente disso, o Ministério da Saúde já abriu inscrições para 5,8 mil médicos reforçarem o quadro das unidades básicas. Mas nem só de profissionais dependerá o funcionamento do nosso sistema de saúde, público e privado, durante a pandemia. Outro fator fundamental é a disponibilidade de equipamentos hospitalares, como ventiladores pulmonares, monitores de sinais vitais e bombas de infusão.

O problema é que este aumento de demanda é circunstancial, ou seja, são aparelhos que serão adquiridos sem saber se eles continuarão sendo necessários após a pandemia. E os dispositivos médicos não são baratos — alguns têm valores comparados a carros, outros até a imóveis. E você pode pensar que uma solução é vendê-los depois, certo? Não é tão simples assim. Existe uma resolução da Anvisa que dificulta a comercialização de equipamentos hospitalares usados. Resumidamente, eles teriam que voltar para a fabricante, passar por um processo de recondicionamento, para então estarem aptos à venda. Porém, isso costuma ser tão moroso que não é uma prática comum no Brasil.

Por isso eu reforço a necessidade de fabricantes e distribuidoras disponibilizarem os seus aparelhos para aluguel. Dessa forma, hospitais e outros serviços de saúde poderão pagar mensalmente pelo tempo em que precisarem dos dispositivos, devolvendo os aparelhos depois e deixando-os disponíveis para novas locações. É um modelo que já existe e que precisa ser intensificado neste momento.

A empatia e solidariedade são fatores fundamentais para passarmos por esta crise com o menor impacto possível. Companhias de vários segmentos já disponibilizaram gratuitamente seus serviços: desde streaming de vídeos, ferramentas para possibilitar o trabalho remoto, até teste de coronavírus para idosos acima de 80 anos. No caso das empresas de equipamentos hospitalares, apenas destinar uma parte maior de seu estoque para locação pode fazer toda a diferença nas próximas semanas.

Na Rentsy, marketplace de aluguel de dispositivos médicos, todas as taxas para locação de equipamentos já foram reduzidas. É uma forma de incentivar mais empresas a disponibilizarem seus aparelhos para locação na plataforma, que já registrou aumento de demanda por este serviço.

Sabemos que não sairemos imunes à covid-19 — além das confirmações de infectados, já há mortes registradas no país. Mas se cada setor fizer a sua parte, podemos sair menos enfraquecidos da pandemia de coronavírus.





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