Artigo: O momento é de mobilização humanitária
30/03/2020

Para ajudar nossos associados e demais profissionais da saúde, a Anahp reúne artigos de diversos representantes do setor, com a finalidade de mostrarmos diferentes perspectivas do impacto do Covid-19.

 

Por Walban Damasceno de Souza, diretor de Assuntos Corporativos da BD, presidente do Conselho da ABIMED, presidente do Conselho da ABIIS e diretor do Conselho ABIMO

Temos vivido uma grande tormenta nos últimos dias. É um tsunami que invadiu nossas vidas e agora estamos aprendendo a lidar e administrar a situação. Minha visão crítica, porém, sempre otimista, é de que apesar de ser uma situação inusitada, estamos tendo avanços importantes. Não me lembro de nenhuma ocasião anterior em que tantos setores e pessoas se mobilizaram e se uniram por uma só causa. O Governo, apesar dos pesares, também, há que se reconhecer, tem feito esforço e tomado providências importantes. Acredito que sem tais decisões, nosso País poderia estar pior.

Como executivo de empresa da saúde e militante atuante das associações que representam nosso setor, são várias as barreiras que estamos tentando superar. A primeira delas é o aumento de demanda, que nos desafia a tomar decisões importantes sem todas as informações necessárias. Em outros tempos, o aumento de demanda seria a melhor notícia do mundo, mas na atual conjuntura, isso exige das nossas empresas uma imensa capacidade de organização e planejamento interno, muito além do que os nossos melhores esforços já alcançaram antes. E as incertezas são muitas. Tenho dito a todos, que como numa guerra, não podemos desanimar e vamos vencer se avançarmos metro a metro, não podemos esmorecer.

As empresas de tecnologia médica estão empreendendo esforços para identificar matéria-prima no Brasil e ao redor do mundo, nossas fábricas e importações preparando-se para rodar na capacidade máxima, nossas equipes de suprimentos cuidando e eliminando barreiras de transporte, os departamentos de RH cuidando do que temos de mais importante nisso tudo: as pessoas. Sem elas, nada, em nenhum setor, irá funcionar. Mas ainda assim, há muitos receios e temores. Os riscos de liquidez financeira no mercado são extremamente altos e precisamos deixar sempre os canais de conversação e negociação constantemente abertos. Nossos departamentos financeiros possuem uma dupla responsabilidade: entender o atual cenário, onde todos terão dificuldades financeiras, e gerenciar tudo aquilo que afeta as próprias empresas. São compromissos e impostos vencendo para todos, riscos de recebíveis e esforços para manter os empregos acima de tudo.

Esse é o momento que cada atitude é como pedra lançada no meio de um lago e gerará efeitos em cadeia. Estamos todos no mesmo barco e precisamos estar mobilizados neste sentido.

Nossa preocupação maior é com as pessoas. São pacientes e profissionais de saúde que estão lá na ponta do problema e, para isso, criamos uma cadeia de conexões entre indústria nacional, importadores, hospitais privados e públicos, laboratórios de análises, autoridades regulatórias, dentre outros, que, não tenho dúvida, nos fortalecerá. É essa a nossa confiança, de que venceremos essa crise.

Quando me perguntam o que fazer neste momento, eu respondo: Eu estou ajudando a salvar vidas!

 

Os artigos publicados não traduzem a opinião da Anahp. A iniciativa tem o objetivo de trazer a perspectiva de diversos elos do setor de saúde, em um momento em que informação é a base para o enfrentamento à nova pandemia.

 

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Fonte: Anahp




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