Prevenção contra coronavírus pode salvar 1 milhão de vidas no Brasil
03/04/2020

Até um milhão de pessoas poderiam morrer no Brasil devido ao contágio pelo novo coronavírus, causador da doença chamada covid-19. Essa é a estimativa feita por pesquisadores do Imperial College, de Londres, um dos institutos pesquisa mais respeitados do mundo.

A pesquisa avaliou o impacto do vírus em 202 países e concluiu que medidas de prevenção, como distanciamento social, isolamento de doentes e testes de diagnóstico, podem salvar 38,6 milhões de pessoas. Ou seja, a mortalidade global da doença seria reduzida em 95% em relação à estimativa de 40 milhões de mortos, se nenhum país tomasse medida alguma para conter o novo coronavírus.

O número de 1,15 milhão de mortos no Brasil é em um cenário em que nenhuma dessas medidas preventivas seja adotada para conter o avanço da doença no país. A quantidade de pessoas infectadas seria de 187,7 milhões de pessoas, entre as quais 6,2 milhões seriam hospitalizadas e 1,5 milhão seriam casos graves. O cenário mais otimista, com todas as precauções tomadas e isolamento de 75% da população, empresas e governo, o número de mortes por complicações da doença seria de 44,2 mil.

Com isolamento apenas de idosos, o estudo estima que o Brasil teria 120 milhões de pessoas infectadas, entre as quais 3,2 milhões seriam hospitalizadas, 702 mil teriam quadros clínicos graves e 529 mil morreriam por complicações da covid-19.

 

Considerando um isolamento parcial, que evita tanto eventos quanto aglomerações, o número de pessoas infectadas é de 122 milhões, com 627 mil mortes.

O estudo é assinado por cerca de 50 cientistas. Segundo os pesquisadores, a rápida adoção de medidas comprovadas de saúde pública, incluindo testes, isolamento de casos e maior distanciamento social podem conter a pandemia.

Com todas as medidas preventivas adotadas, o Brasil pode evitar a morte de 1,05 milhão de pessoas devido ao novo coronavírus.

“Os resultados destacam que uma ação rápida, decisiva e coletiva agora salvará milhões de vidas”, afirma o Dr. Patrick Walker, um dos autores do estudo do Imperial College.

Fonte: Exame




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